Nem mesmo o título da Copa do Brasil foi capaz de apaziguar totalmente o clima político no Corinthians. O executivo de futebol Fabinho Soldado encontra-se no centro de uma queda de braço entre o departamento de futebol e o Parque São Jorge. De um lado, o elenco demonstra gratidão e lealdade; de outro, uma ala influente de conselheiros exige sua saída imediata.
O ápice desse apoio popular-atleta ocorreu na festa do título na Neo Química Arena, quando o zagueiro Gustavo Henrique tomou o microfone para puxar o mantra "Fica, Fabinho Soldado", sendo prontamente acompanhado por outros líderes do elenco e por parte da torcida.
O Contraste entre CT e Parque São Jorge
Apesar do prestígio no CT Joaquim Grava, Fabinho é visto com ressalvas no ambiente político do clube.
Os motivos do impasse:
Ligação com Augusto Melo: Por ter sido contratado pelo ex-presidente (que sofreu impeachment em maio de 2025), Fabinho é rotulado como "herança" de uma gestão rompida.
Custo Elevado: Críticos apontam que seu salário (que teve reajustes previstos para a virada de 2025/2026) destoa da nova política de austeridade de Osmar Stabile.
Interesse Externo: O Internacional observa a situação de perto e já sinalizou que aceitaria contar com o profissional caso ele rescinda com o Alvinegro.
Em desabafo após a conquista, o dirigente criticou a visão "individualista" de uma minoria no clube e afirmou que o profissionalismo parece "incomodar" certos grupos. Uma reunião decisiva com o presidente Osmar Stabile está marcada para esta semana para alinhar as expectativas para 2026. Fabinho tem contrato até o fim do próximo ano, mas deixou claro que sua permanência depende de um projeto que valorize a gestão técnica em detrimento das pressões políticas.
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