1/11/2016 07:44

Fagner completa dez anos de carreira e revisita suas origens no Corinthians

Início como atacante, autógrafos de estrelas e estreia inesperada: lateral comemora marca e revê primeiro técnico no Timão. Só falta um presente: a vaga na Libertadores

Fagner completa dez anos de carreira e revisita suas origens no Corinthians
Referência do Corinthians em um ano difícil que a equipe tem enfrentado, o lateral-direito Fagner tem seus motivos para comemorar. Nesta terça-feira, o jogador completa dez anos de sua estreia como profissional. Cria do próprio Timão, o lateral de 27 anos revisitou suas origens no Parque São Jorge às vésperas de completar a marca.

Fagner pisou pela primeira vez no clube em 1999, quando tinha apenas 9 anos. Numa época em que nomes como Marcelinho Carioca, Rincón, Vampeta e Edílson brilhavam em campo, o garoto nem sonhava em ser jogador de futebol. Só queria autógrafos dos ídolos e bater sua bolinha nas quadras de futsal do Timão.



Faz tempo, né? Lá se vão muitos anos, na época a gente entrava lá perto dos campos. Eu tinha de 9 para 10 anos quando entrei aqui. Os profissionais treinavam na Fazendinha. Quando a gente sabia que tinha treino à tarde, parava nas grades para ver se algum jogador dava autógrafo, essas coisas – relembrou Fagner




Dez anos depois, é ele o alvo de dezenas de crianças que treinam nas categorias menores do Timão. A convite do GloboEsporte.com, Fagner foi à sede do Corinthians reencontrar cenários e pessoas com quem conviveu desde garoto. Ele começou no futsal, depois migrou para o campo sob os cuidados do técnico Edison Rocco, hoje coordenador da categoria sub-15.

O Fagner, na época, chamou a atenção não só pela qualidade técnica, mas também pela versatilidade. Ele conseguia jogar em vários lugares, na lateral foi o último... O garoto que começa com 11 anos fazer esse sucesso, não só com essa camisa, é um troféu que fica para nós – comemorou Edison Rocco.

– Treinei de atacante, comecei como atacante, aí fui volante, meia, zagueiro... Teve um dia que não tinha um lateral, ele pediu para eu treinar, fui ficando, fiquei. Obrigado, né? – agradeceu Fagner.

O lateral não imaginava o rumo que sua carreira tomaria até o dia 1º de novembro de 2006. Recém-integrado à equipe profissional, foi chamado pelo técnico Emerson Leão para um jogo contra o Fortaleza, na capital cearense. O Timão venceu por 4 a 0, e Fagner, aos 17 anos, decidiu ali que seria jogador de futebol – até então, ele não descartava seguir outra carreira.




Eu, com 17 anos, tinha recebido uma proposta para renovar meu contrato de juniores por mais três anos, e não era uma coisa que eu colocava como principal objetivo. Queria ir até onde o futebol me permitisse. Quando aconteceu de eu virar jogador e tomar aquela dimensão toda foi até uma surpresa. Subir ao profissional e ver Betão, Roger, Magrão, César, entre outros... Você fica olhando, você se pergunta. Dez anos depois, consegui trilhar esse caminho de vitórias, de títulos. É só felicidade – relembrou o corintiano.

No fim de 2006, Fagner foi negociado com o PSV, da Holanda. Amadureceu. Passou também por Vasco (duas vezes) e Wolfsburg antes de voltar para casa, no começo de 2014. No Corinthians, ele se sente em casa. Mas, por pouco, a história de amor com o clube mal começaria.


Quando comecei aqui, eu treinava cinco, dez minutos, pela quantidade de garotos. Aí teve um campeonato em que não fui inscrito, perguntei se podia jogar por uma escolinha em Santo Amaro, não teve problema. Nos encontramos na semifinal. Fiz um gol, dei um passe e o jogo foi para os pênaltis. Acabamos perdendo. Ai no outro dia vim treinar. Quando cheguei, com a maior vergonha, o Edison perguntou: "O que você está fazendo aqui?". Eu não sabia onde colocar a cara, mas era só brincadeira. Ainda bem – riu o lateral.

Depois do susto, só sucesso. Fagner ganhou títulos em todas as categorias até o sub-17 e também formou seu caráter. Sem a figura da mãe em casa – seus pais são separados – o corintiano aprendeu algumas lições no clube:

– Aqui aprendi a ser um profissional, a ser homem. O Corinthians na minha vida foi tudo. Eu já não tive minha mãe para poder me criar, então aqui ganhei a disciplina que eu tive desde cedo no futebol, o compromisso com horários, estudos, porque ganhei até bolsa para estudar. São coisas que muitas pessoas não dão valor. Eu pude dar valor, e o Corinthians me proporcionou tudo isso.
E para retribuir? Uma vaga na Taça Libertadores, ao lado do técnico Oswaldo de Oliveira, pode ser suficiente para a temporada terminar bem.

– O Oswaldo é um profissional qualificado. Tanto ele quanto nós queremos ser vencedores. O que desejamos é que a gente consiga de fato ficar no G-6, para que todo mundo saia de férias tranquilo e volte para um 2017 muito melhor.




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9525 visitas - Fonte: Globo Esporte

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parabéns e sucesso sempre você é. muito bom ,,continue assim é no timão.

melhor lateral do Brasil fagner joga muito

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