O Corinthians viveu uma sequência invicta de 14 partidas entre os meses de julho e setembro. Um dos jogadores que mais se destacou neste período foi o atacante Clayson, graças a opções táticas que permitiram a ele ter mais liberdade para se movimentar no ataque. O problema é que o time do técnico Fábio Carille estagnou, venceu só um dos últimos quatro jogos e o camisa 25 teve uma queda de rendimento que o levou para a reserva.
Todo esse quadro aumenta a importância do jogo de amanhã, às 11h, contra o Vasco, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena Corinthians.
Será uma "prova de fogo" para Clayson. Autor de um dos gols da vitória sobre o Bahia no último fim de semana, o atacante perdeu a vaga para Boselli na Copa Sul-Americana e começou no banco. Entrou aos 15 minutos do segundo tempo, até marcou em cobrança de pênalti, mas não conseguiu criar oportunidades contra o Independiente del Valle e ampliou o momento de dúvidas sobre seu status no time. Amanhã, no entanto, deverá ser titular.
Essa titularidade não tem relação direta com a retomada de confiança de Carille, ainda que Clayson tenha feito gols nos dois últimos jogos. Ela acontece porque Vagner Love, que seria uma opção para jogar aberto pela esquerda, está suspenso, e Everaldo ainda se recupera de uma lesão na região do púbis.
O ex-jogador do Fluminense, aliás, é a única outra peça do elenco que o técnico vê características semelhantes às de Clayson, com habilidade e força nos embates um contra um. Se Everaldo estivesse disponível é certo que teria chances como titular: até agora soma apenas nove jogos, três como titular, e um gol.
Há algumas razões para a perda de prestígio de Clayson, a começar pela dificuldade nas decisões em momentos-chave dos jogos.
Clayson é líder de erros de passe entre os homens de meio do Corinthians no Campeonato Brasileiro, por exemplo, em comparação a nomes como Mateus Vital, Pedrinho, Sornoza, Jadson e Everaldo de acordo com dados da plataforma "Footstats".
Ele também soma média de 5,6 bolas perdidas por jogo, outra marca maior que de seus concorrentes. A impressão é que as decisões erradas de Clayson têm atrapalhado a fluidez do ataque corintiano em diversos momentos, e por isso sua titularidade está ameaçada.
Durante a boa fase, Clayson ganhou destaque por dois movimentos especiais em campo: trocando de posição com o meia para flutuar por dentro e confundir a marcação, enquanto o meia abre; e uma troca de lado simples, saindo do lado esquerdo do ataque para o direito para dar sustentação às jogadas ofensivas de Fagner.
Era uma ideia de liberdade para um jogador vertical e driblador que vinha dando certo. E pode voltar a ser bem-sucedida a qualquer momento, a depender do crescimento técnico de Clayson.
Antes intocável, o atacante de 129 jogos, 14 gols e três títulos pelo Corinthians trabalha para recuperar prestígio. A missão começa contra o Vasco.
Todos no Corinthians sao substituíveis jogadores fracos sem brilho nao temos um craque no elenco