20/5/2016 14:36

Caso Alyson: ex-diretor leva agente à Justiça e o acusa de fraudar conversas

Fábio Barrozo entra com ação contra Helmut Niki Apaza e pede R$ 500 mil como indenização. Ele diz que empresário gerou mensagens falsas de WhatsApp

Caso Alyson: ex-diretor leva agente à Justiça e o acusa de fraudar conversas
Ex-gerente das categorias de base do Corinthians, Fábio Barroso entrou nesta semana com uma queixa-crime contra o agente americano Helmut Niki Apaza por calúnia, injúria e difamação, pedindo indenização de R$ 500 mil.

A ação corre no Foro Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Ele garante que oferecerá à Justiça a sua quebra de sigilo telefônico. O Gaeco foi acionado e pode abrir inquérito para investigar o caso.

Barrozo é um dos suspeitos de ter recebido parte dos US$ 60 mil pagos pelo americano pela venda irregular de 20% dos direitos econômicos do garoto Alyson José da Motta, de 16 anos.
Além dele, é investigado o conselheiro vitalício Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne. Niki diz ainda que pagou US$ 50 mil por uma carta de representação do clube sem validade. O prejuízo calculado é de US$ 110 mil (R$ 395 mil na cotação atual).

Niki entregou à diretoria corintiana uma série de mensagens de celular em que Barrozo participa da negociação até mesmo pedindo sigilo para que o acordo ficasse apenas entre ele, o agente e o conselheiro Mané da Carne. Na ação, o ex-dirigente corintiana alega que o empresário utilizou um aplicativo ("WhatsFake") para gerar conversas falsas e assim comprometê-lo. Barrozo admite que falava com Niki por "WhatsApp", mas não reconhece o teor dos textos.

Abaixo, você encontra a defesa de Fabio Barrozo sobre a suposta venda da carta e em relação à acusação de recebimento de dinheiro na negociação de Alyson. Ele nega ambos os casos.

A CARTA DE PROSPECÇÃO DE NEGÓCIOS

Barrozo alega que a carta de representação cedida pelo Corinthians ao empresário americano tinha, sim, validade. Ele cita negócios feitos por Helmut Niki Apaza em nome do clube. Ele negociou um amistoso com o Cesar Vellejo, para a comemoração do aniversário do clube peruano, mas que não aconteceu por incompatibilidade de datas.

Além disso, teria intermediado a ida dos jogadores Luiz Fernando Nascimento e Rômulo Peretta, que pertenciam ao parceiro Flamengo de Guarulhos, ao Richmond Kickers, da United Soccer League. Trocas de e-mails mostram que o endereço eletrônico do empresário era ligado ao clube.

Niki alega que pagou a Barrozo US$ 50 mil para negociar em nome do Corinthians no exterior, o que também é proibido. Barrozo diz que os valores foram gastos de passagem, hospedagem e alimentação de duas pessoas nos EUA: ele e José Onofre de Souza Almeida, diretor geral da base. A justificativa é de que os dirigentes foram convidados para conhecer o projeto do empresário nos Estados Unidos.

A VENDA DOS DIREITOS ECONÔMICOS DE ALYSON

Barrozo nega também o recebimento de dinheiro na venda da fatia dos direitos econômicos de Alyson. Diz que foi procurado pelo conselheiro Manoel Evangelista para ajudar o agente Julio Cesar Polizeli, que precisava tornar legal a venda dos 20% dos seus direitos econômicos a Niki.
Diz o processo: "O querelante (Barrozo) informou ao querelado (Niki) que o documento padrão, extraído dos arquivos do Corinthians, representativo do negócio, embora contivesse erro material na sua terminologia (“Direitos Econômicos” em vez de “Comissão sobre Venda Futura”), garantia a celebração do mesmo. Isto porque esse mero erro material seria corrigido quando da celebração do “Instrumento Particular de Termo de Compromisso de Assinatura de Futuro Contrato de Trabalho Desportivo e outras Avenças”, visto que o atleta está vinculado ao Corinthians mediante contrato de formação com vigência até 26/11/2017".

Segundo o ex-dirigente, procedimentos parecidos foram feitos na formulação dos contratos profissionais de Ruan Costa Souza, contratado do Paulista, e Arilindo Rodrigues Honorio de Oliveira Neto, ex-Flamengo (os documentos estão anexados ao processo).

– Como Julio negociou seus 20% com o Niki, eu precisava ter a informações para colocar nesse instrumento de cláusula extra, que trocaria 20% de direitos econômicos por 20% de venda futura. Eu não recebi dinheiro por nada. Tenho certeza que Julio recebeu algum valor referente a isso – disse Barrozo

O ex-dirigente não cita o nome de Manoel Ramos Evangelista no processo. Ambos são aliados do ex-presidente Andrés Sanchez, líder do grupo político que comanda o Corinthians desde 2007. Barrozo diz que a confusão tenha motivação política.


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