Sentado diante de um delegado da 3ª Delegacia de Fraudes Financeiras, da Polícia Civil de São Paulo, e de um promotor de Justiça do Ministério Público, em 16 de abril de 2025, o então presidente do Corinthians , Augusto Pereira de Melo (afastado do cargo desde 26 de maio de 2025), falou por três horas ininterruptas, em depoimento gravado em vídeo - cuja íntegra o Lance! apresenta com exclusividade. Foi a primeira vez em que o dirigente detalhou à Polícia Civil como estruturou sua campanha à presidência do Corinthians, os conflitos com antigos aliados e os bastidores do contrato milionário com a Vai de Bet — hoje alvo de ação penal por suspeitas de intermediação fraudulenta cometida por uma associação criminosa, furto e lavagem de dinheiro (Confira abaixo os trechos dos depoimentos). Nas imagens inéditas do depoimento, Augusto aparece tenso, vestindo traje formal, alternando entre pausas longas e respostas enfáticas. Ele está acompanhado de Ricardo Cury, seu advogado. O delegado Tiago Fernando Correia e o promotor Juliano Carvalho Atoji, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) são os responsáveis por interrogá-lo. Em diversos momentos, Augusto repete que não conhecia os supostos intermediários do negócio com a casa de apostas e que o jurídico do clube era o responsável pelos trâmites contratuais. O vídeo revela contradições sutis e tentativas de afastar sua participação direta nos repasses à empresa investigada por receber valores desviados do contrato entre a Vai de Bet e o Corinthians.
O contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet, assinado em janeiro de 2024 e avaliado em R$ 360 milhões por três temporadas, foi anunciado como o maior acordo de patrocínio da história do futebol brasileiro. O montante envolvido superava, com folga, os valores pagos por outras grandes marcas no cenário esportivo nacional e era tratado, pela direção do clube, como um marco financeiro e institucional para o time do Parque São Jorge. A grandiosidade do contrato, no entanto, contrastou meses depois com as suspeitas de fraude, intermediações fictícias e lavagem de dinheiro que hoje cercam o negócio, já desfeito.
Augusto afirmou que sua candidatura à presidência do Corinthians foi construída com apoio de conselheiros e voluntários, sem doações de empresários ou agentes de futebol. Menciona “vaquinha” entre apoiadores, com contribuições de R$ 250 a R$ 300. Diz que o comitê de campanha funcionava em espaço cedido por Rubens Gomes (o Rubão), que mais tarde se tornou diretor de futebol co clube e, tempos depois, com quem rompeu após demiti-lo.
Ele afirmou que foi informado pelo cantor Gusttavo Lima, por telefone, que o contrato com a Vai de Bet estava fechado. Isso em dezembro de 2023, na semana entre o Natal e o Ano Novo. A partir da esquerda: Sérgio Moura (então diretor de Marketing do Corinthians), o cantor Gusttavo Lima e Marcelo Mariano, o Marcelinho (diretor administrativo na gestão de Augusto Melo).
Ele detalhou sua proximidade com nomes como Marcelo Mariano dos Santos, Sérgio Muzel e Rubens Gomes, que depois assumiram funções estratégicas no clube. Ele admitiu que muitos dos envolvidos no caso participaram ativamente da campanha — inclusive em reuniões com a Vai de Bet —, o que pode indicar continuidade entre a campanha e a gestão administrativa no clube.



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