De acordo com ele, a ideia de buscar o astro europeu no mercado surgiu em um momento de dificuldade do clube. – O Corinthians jogou fora contra o Fortaleza, jogou bem, e perdeu no finalzinho. Foi uma fase longa que o Corinthians tomava gol todo jogo. Estavam lá o presidente Augusto Melo, o (Vinicius) Cascone, que hoje é diretor jurídico, mas na época era secretário-geral, e o Pedro Silveira, até então diretor financeiro. Eles juntos ali tomavam as principais decisões do futebol com o Fabinho Soldado, executivo de futebol. Falaram: "o que a gente faz? O time está tentando, está dando o máximo, mas joga bem e perde. A gente vai cair". Naquela época, o Timão flertava com a possibilidade de rebaixamento no Campeonato Brasileiro e, para reverter o cenário, foi atrás de uma solução inusitada.
– Entraram no Transfermarkt e tinha o e-mail de contato de um empresário. Será que vale? Era madrugada no Brasil, tipo 6h. Esse empresário, nesse dia, estava na Alemanha. Aí mandaram (e-mail) se apresentando e dizendo que gostariam de conversar sobre a contratação do Memphis. – O cara respondeu: "É pra valer?". Responderam que sim, mandaram uma foto e disseram que estavam disponíveis para falar por FaceTime. O Corinthians tinha uma pressa porque a janela estava ali. Ele foi contratado e eu estava lá – explicou Maranhão, detalhando uma das negociações de maior impacto recente no futebol brasileiro.
Memphis Depay foi anunciado no dia 9 de setembro daquele ano, poucas semanas depois do início da negociação. De lá para cá, o holandês disputou 40 partidas, marcou 13 gols, distribuiu 14 assistências e foi um dos protagonistas do clube na conquista do Campeonato Paulista desta temporada.