Thiago Kosloski disse que chegou para trabalhar nesta sexta-feira no Corinthians normalmente. Entretanto, instantes depois de passar pelo portão do CT Joaquim Grava, ele acabou surpreendido com a opção do clube de desligá-lo da função. Foi esse o tom adotado pelo ex-auxiliar do Timão em conversa exclusiva com a reportagem do ge. Horas depois da demissão, na sexta-feira, Thiago Kosloski deu sua versão sobre os fatos e lamentou a interrupção do trabalho de um mês no clube, dois dias depois de comandar o time interinamente no clássico contra o Santos. – Fiquei surpreso. Era uma situação que não esperava. Cheguei para trabalhar normalmente no clube e fui comunicado da decisão. Fui pego de surpresa, fui avisado pelo Fabinho Soldado (diretor executivo) sobre a decisão – declarou. – Acredito que deva ter existido uma reunião da diretoria e novo comando técnico e decidiram por essa mudança de rota – analisa. A saída de Kosloski acabou confirmada pelo Corinthians no início da tarde de sexta, em nota oficial. O auxiliar tinha em mente que participaria pela manhã do trabalho de transição para António Oliveira, que comandou a primeira atividade no CT Joaquim Grava. – Estava preparado para dirigir o time no domingo, estava acompanhando as situações da chegada do novo treinador, mas também preparado para passar todas as informações para o novo corpo técnico – comentou. – A nossa ideia e da diretoria era que o treinador comandasse no domingo ou auxiliar, e estaríamos como estafe do clube para dar apoio e suporte. Estava preparado para as duas situações – acrescentou. Kosloski foi tratado como auxiliar fixo depois da demissão de Mano Menezes. Entretanto, no primeiro dia de trabalho de António Oliveira, deixou o cargo. O auxiliar fez um desabafo sobre a saída repentina com apenas um mês de trabalho. – Senti falta de respaldo? Difícil dizer, não deu tempo, fiquei pouco tempo. Cinco ou seis dias no cargo só. Se soubesse que seria demitido pós-jogo contra o Santos, provavelmente não faria o jogo, sairia junto com o professor Mano – comentou – Quando veio o convite para ficar, esperava ter o respaldo diretivo para caminhar junto com eles nesses desafios do Corinthians no ano. Fica a minha torcida por todos, tenho carinho pelos funcionários, jogadores, pelos torcedores que sempre foram fiéis comigo. Espero que o Corinthians saia logo dessa situação que não merece – finalizou.
Thiago Kosloski e Fabinho Soldado caminham juntos antes de Santos x Corinthians — Foto: Emilio Botta