O técnico admitiu que optou por jogadores mais experientes nesta partida por conta do tipo de jogo brigado do Cuiabá. A escalação contou com Gil, Fábio Santos, Renato Augusto, Giuliano e Romero.

– A gente esperava um jogo difícil, como foi. O Cuiabá iniciou um pouco melhor do que a gente, com pressão e bola cruzada na área. É uma característica deles, porque têm bons cabeceadores e chegam bem pelos lados, então tivemos que ter mais cuidados. Depois passamos a controlar o jogo. Não seria um jogo de muitas oportunidades, é tenso e vale muito. Nessa hora você começa a pensar nas consequências, e a equipe tinha que ser madura. Escolhi jogadores em sua maioria bem rodados e acostumados a situações como esta, de pressão. Conseguimos entregar um jogo muito competitivo e lutar pela vitória até o fim. Numa dessas bolas, às vezes você pode tomar o gol e também pode fazer.

O técnico disse acreditar que a equipe corintiana teve o controle do jogo na segunda etapa, quando conseguiu o gol da vitória marcado por Romero. Depois, suportou a pressão até o final:

– No segundo tempo voltamos bem, aí o Cuiabá retomou, teve um momento de pressão, mas sustentamos bem. Defensivamente nossa equipe já se posicionou melhor. Fazia tempo que não encerrávamos um jogo sem tomar gol, e isso vale bastante. Saímos felizes daqui, porque precisávamos vencer. Entendemos como deveríamos jogar o jogo, nos mantivemos organizados na maior parte do tempo, com raras exceções, por isso conseguimos os três pontos.

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Mano venceu o seu primeiro jogo no retorno ao Corinthians. Antes, havia perdido para o São Paulo (com o auxiliar Sidnei Lobo no banco) e registrou empates com Flamengo, Fluminense e com o lanterna América-MG.

– Já estava na hora. Eu tenho uma tese que defendo: sempre que a gente passa um tempo com dificuldade, logo se preocupa em querer ganhar, mas acho que primeiro tem que estancar as derrotas. Estancarmos, paramos, solidificamos um pouquinho, vamos ganhando confiança. Foi uma vitória importante para confiarmos na capacidade que temos de voltar a crescer. Não está tudo maravilhoso, não é empolgação, porque não tem nada de empolgação, mas agrega muito em termos de confiança para a equipe voltar a entregar um futebol constante e competitivo, como sempre foi no Corinthians.

– Vimos alguns jogos do Cuiabá, vimos que no jogo passado o António colocou o Pitta pela esquerda, um jogador de força física. Entendíamos que o Bruno Méndez era uma boa possiblidade para dar segurança, e porque o Giuliano, um destro, foi fazer o movimento pela direita. Como meia, se tivesse que fazer profundidade na frente do Bruno, também poderia.

– O que pensamos para o primeiro tempo foi: o Giuliano atrair o lateral esquerdo do adversário para o Yuri Alberto fazer a profundidade, porque tem essa característica. Por quatro ou cinco vezes fizemos o movimento correto e a jogada, depois vamos ter que melhorar o acabamento, o preenchimento da área. É natural que a gente oscile e de vez em quando as coisas não funcionem tão bem, mas também temos que ser maduro como equipe no momento de oscilação. Os adversários também terão seus momentos, mas temos que saber suportar como suportamos hoje, o que me deixa contente.

– O clássico é um jogo diferente, a grandeza das equipes, o histórico, a tradição, não permitem ao Santos jogar para se defender. O DNA do Santos sempre foi o contrário, foi ofensivo. Você pode jogar com uma linha de três como foi nos últimos jogos, lançar os alas e ser tão perigoso quanto em qualquer outra formação. Não acredito que o Santos vá ao nosso estádio só para se defender. O Santos vai jogar, porque sempre jogou, e acredito em um grande jogo mais uma vez.

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