O técnico Jorginho rasgou elogios a Fernando Lázaro, treinador interino do Corinthians que assumiu após a saída de Sylvinho e agora dá lugar ao português recém-contratado Vítor Pereira. Jorginho lembrou de 2009, quando viveu situação parecida no Palmeiras.
"O trabalho dele (Fernando Lázaro) foi bem-feito. Ele pegou um transição difícil, que é a saída de um ex-atleta do Corinthians que é o Sylvinho, uma pressão difícil. E o menino conseguiu se organizar. Normalmente, num momento desse, os atletas se unem mais para dar uma força a uma pessoa muito legal", disse em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.
"Esse rapaz é um cara extraordinário. É uma pessoa muito boa, muito bom profissional no que faz. Ele auxiliou o Tite na Seleção. Os caras adoram ele. Isso facilita porque não tem cobrança em cima dele. Quando vinha cobrança em cima do Sylvinho, é diferente. Quando se é interino, você assume responsabilidades frente aos atletas, que até então você não tem, facilita um pouco o trabalho", contou.
No Palmeiras, Jorginho assumiu interinamente após a demissão de Vanderlei Luxemburgo do Verdão, no início do Campeonato Brasileiro de 2009. No tempo em que comandou o time, os resultados foram ótimos. Sete jogos, cinco vitórias, uma derrota e um empate.
Com os bons números, sua reputação entre torcida e jogadores do Palmeiras começou a crescer, enquanto a diretoria buscava um novo treinador para substituir Luxa no mercado. Sem avisar o elenco e nem mesmo o próprio Jorginho, que soube pela imprensa, o escolhido foi Muricy Ramalho.
Com Muricy no comando, o começo foi no mesmo bom ritmo, mas, ao decorrer do campeonato, a equipe caiu de rendimento e viu o Flamengo despontar para vencer aquele Brasileirão. Não parando por aí, o time nem sequer conseguiu vaga na Libertadores da temporada seguinte, fechando o campeonato no quinto posto.
"Eu joguei sete partidas. Inclusive, na última nós ganhamos do Corinthians do Ronaldo Fenômeno. Só perdi quando eles (jogadores) souberam que o Muricy chegou. E souberam por vocês, da imprensa, porque a diretoria não tinha dito. Eles ficaram chateados, porque não avisaram antes. E perderam lá por causa disso. Ficaram magoados, porque queriam a minha permanência. Nós falávamos o mesmo idioma e estava dando certo. Quando o Muricy chegou, ele teve a infelicidade de muita gente machucar", lembrou.