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A imagem é intrigante. Uma placa avisa: "não escavar, risco de explosão, risco de incêndio". Ao lado do alerta, que se refere a dutos da Petrobras enterrados na região, descansa uma máquina usada justamente em escavações. Ao fundo está a Arena Corinthians, de portões abertos para saída de seus torcedores após a estreia do time no Campeonato Paulista, com vitória por 4 a 1 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, na quinta-feira passada.
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Para ver a cena era preciso ter curiosidade e se esforçar com o objetivo de enxergar o que estava atrás dos tapumes.
Após respostas nada ou pouco esclarecedoras dadas por prefeitura, Corinthians e Transpetro, o esclarecimento sobre a obra foi dado ao blog pela Logum Logística S.A. (veja a nota completa no final do post), especializada em transporte de etanol por meio de dutos.
Segundo a empresa, os trabalhos fazem parte da construção de uma dutovia entre Guarulhos e São Caetano para o transporte de etanol.
Indagada sobre se há riscos, já que existem restrições a escavações no terreno, a Logum respondeu que "a construção da obra oferece risco baixo, assim como o duto na fase de operação, conforme avaliação efetuada pelos órgãos competentes na fase de obtenção das licenças ambientais".
Ainda de acordo com Logum, a CCPS, empresa contratada por ela para tocar a obra, firmou um acordo com a administração da arena estabelecendo os horários adequados para o serviço. A operação não vai interferir na realização de jogos no estádio corintiano. A previsão é de que a obra termine em março.
Os trabalhos acontecem na mesma faixa em que estão dutos da Petrobras operados pela Transpetro, perto da entrada principal da arena. Eles não serão afetados..
Antes de a casa alvinegra ficar pronta, os antigos dutos geraram polêmica. Eles precisaram ser realocados para ficar um pouco mais distantes da área em que está o estádio. Porém, continuam no terreno que tem a arena em sua continuação. As obras acontecem na área que já não pertence ao estádio, apesar de os terrenos serem ligados.
A Logum é controlada por Copersucar (30%), Raízen (30%), Petrobras (30%) e Uniduto Logística (10%).
Corinthians, Timão, 2020, etanol, baixo