A saída de Kauê Furquim, de apenas 16 anos, acendeu o sinal de alerta no Corinthians. Após perder o atacante para o Bahia, a diretoria alvinegra teme que outros jovens deixem o clube com o pagamento de multas rescisórias baixas. O caso que gera maior preocupação é o de Gui Amorim, meia-atacante e camisa 10 do sub-17, representado pela mesma empresa que cuida de Furquim, a Pro Manager.

No mês passado, representantes do Grupo City visitaram o Parque São Jorge para observar Gui Amorim. Foi nessa ocasião que se impressionaram com Furquim e decidiram avançar na negociação, gerando ainda mais preocupação para a base corinthiana.

Carlos Roberto Auricchio, diretor da base, comentou: "Claro que deixa a gente preocupado, isso sempre fica, não tenha dúvida. Se for pegar os meninos que são titulares, boa parte tem salário e multa rescisória nessa mesma faixa. O erro não é nosso, é da lei. Se for dobrar o salário de todo mundo, quebra a base, quebra ainda mais o clube. O que tem que ter é honestidade e mudar a lei. Se não fizer lei mais forte, os oportunistas vão abusar."

A legislação permite que a multa rescisória de jogadores em clubes brasileiros seja de até 2.000 vezes o salário do atleta. Como os jovens da base ganham pouco, essas multas acabam sendo baixas e tornam os talentos mais vulneráveis a saídas prematuras.