Pela primeira vez desde que assumiu o comando do Corinthians, há três meses, o técnico Sylvinho ganhou duas partidas consecutivas e, em entrevista coletiva após a vitória por 1 a 0 sobre o Athletico, neste domingo, deixou a alegria evidente.

O técnico festejou o desempenho e o resultado do Timão neste domingo, na Arena da Baixada, que colocou a equipe entre os seis primeiros do Brasileirão.



– É uma vitória importante, num campo difícil, contra um adversário bem difícil. Mais do que uma grande vitória, o desempenho que o time teve, principalmente no primeiro tempo, foi muito bom. Ficamos felizes pela construção que está sendo feita, pelos atletas, que são os verdadeiros protagonistas e têm desempenhado isso. Reflete no torcedor, que pelo segundo fim de semana está contente e feliz com o resultado e o desempenho do time. É reflexo de uma construção, do tempo, pouco a pouco a gente vai trabalhando – declarou Sylvinho.


Além de exaltar o desempenho coletivo do time, o treinador mencionou alguns destaques individuais, como Roni, autor do gol, Jô e Du Queiroz, jovem de 21 anos que estreou como profissional, entrando no lugar de Fagner, que saiu lesionado.


Sylvinho também falou sobre Renato Augusto, que mais uma vez entrou no segundo tempo. O técnico afirmou que o camisa 8 pode atuar até mesmo como primeiro volante, função que já foi de Cantillo e vem sendo exercida por Gabriel.

– Todos os atletas podem jogar (juntos), Roni, Renato... Temos quatro, cinco, seis atletas num tripé de meio de campo que a maioria tem uma versatilidade muito grande. Um ou outro jogador não deveria fazer o papel de primeiro centro-campista, mas os demais podem ocupar qualquer uma das duas meias, e o Renato, inclusive, também como primeiro pode ser utilizado – comentou.

Bem-humorado, o técnico falou sobre dores que ele vem sentindo nos últimos dias e que limitaram os movimentos dele ao final da partida contra o Furacão.

– Eu venho com problema na panturrilha desde quinta-feira, mas a experiência me fez me poupar durante dois dias, obviamente, uma brincadeira. Cheguei, tomei um analgésico, mas no final do jogo acredito que andei demais na área técnica e voltou a doer bastante. Enfim, a gente se entrega com os atletas, é bom, e o importante é o torcedor estar feliz em mais um fim de semana, com bom desempenho e resultado.


Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Sylvinho:

Renato Augusto
– Nós estamos construindo a volta do Renato dentro do grupo e, de repente, com mais minutos. A cada dois ou três dias temos conversas com eles, é um jogador que se cobra muito, que conhecemos bem, atleta forte, que necessita estar muito equilibrado. Ele está trabalhando bem. Na medida que vamos nos aproximando dos jogos, vamos conversando.

– O Renato tem respondido que até 45 minutos entende que pode jogar. Mas os jogos têm um componente que vai falando. Era um jogo bastante intenso, difícil, nós estávamos bem no jogo. E em um determinado momento o Giuliano pede para sair. Naquele mesmo momento, o Roni sente a perna. A gente troca antes o Roni, porque estava inabilitado, depois o Giuliano. A gente começa a prever 30, 35, até 45 minutos, depende de como o jogo estiver, e foi um pouco menos, mas o Renato é importante a cada vez que ele entra, mesmo num processo precoce, ele precisa se equilibrar, mas ajuda muito com a sua qualidade.


Du Queiroz
– O Du é um atleta que estamos preparando já faz umas três semanas, ele tem treinado na lateral direita, encontramos um atleta potente, com centro de gravidade baixo, que tem boa sustentação, boa técnica e, conversando com o atleta, descobrimos que boa parte da base ele fez na lateral. É um atleta que é oriundo do meio de campo, mas mostrou muita tranquilidade na função, ele tem treinado nessa função faz duas ou três semanas. O Du tem nos passado confiança, e nós para ele. Na minha avaliação e praticamente na de todos ele cumpriu sua função. Estou feliz com o que ele entregou, jogo difícil, complicado, ele cumpriu com a meta.

Roni
– O Roni é um atleta correto, bem jovem, estamos otimizando os atletas da base. Tem jogadores bons. A resposta é deles, entendemos bem, eu vim da base. Os conceitos, ideias e treinamentos são colocados, mas a resposta é muito do atleta, e o Roni tem mostrado a importância dele para o grupo. Ele tem entrega total, tem pisado a área, entendido o jogo, e nós, como comissão, também preservamos algumas áreas para que ele possa render mais. A resposta é sempre deles, e o Roni tem rendido bem e ajudado o time.

Jô
– É uma reciclagem do Jô. Desde que nós chegamos, entendemos que... O termo é esse, diminuir a área de atuação do Jô. A resposta é sempre do atleta, de ter entendimento do que estamos mostrando e querendo. Ele tem nos ajudado muito em retenção, em construção de jogada, facilitado o trabalho de meio de campo e proporcionado a entrada de segunda linha de atletas, como Roni, Gabriel já fez gol, tem sido o Giuliano, amanhã Renato, Vitinho... Enfim, uma forma de jogar que nos acrescenta bastante, um atleta que tem sido bem aproveitado, o mérito é dele de ter entendido o posicionamento.



Briga pelo G6
– Nós vamos de jogo em jogo, de construção, desempenho, feliz e satisfeito como todo torcedor do Corinthians. É lógico que o resultado importa, jogamos por isso, mas não é de qualquer maneira ou a todo custo. Necessita ser de performance, senão acaba não ganhando. Fico feliz pelo vestiário, pelo torcedor, é uma construção. Tanto Renato como Giuliano tem acrescentado qualidade, o grupo tem aceitado. Estamos construindo, falo não apenas de Renato e Giuliano, mas de uma base, hoje o gol foi do Roni, falo do Du Queiroz, outros atletas da base, atletas experientes... É a construção de um grupo. Feliz, é a aceitação da ideia. A gente vai de jogo em jogo.



CORINTHIANS