27/1/2017 09:02

Guia do Paulistão: menos clubes, foco maior de dois grandes e Santos pelo tri

Com o menor número de times das últimas 15 edições, Paulistão deste ano vê São Paulo e Corinthians, fora da Libertadores, tentando acabar com hegemonia do Peixe

Guia do Paulistão: menos clubes, foco maior de dois grandes e Santos pelo tri
Com 16 clubes, menor número de participantes nos últimos 15 anos, o Campeonato Paulista de 2017 começa no dia 3 de fevereiro com dois gigantes dando um valor ao estadual muito maior do que nas últimas temporadas. Sem ter se classificado para a Taça Libertadores, Corinthians e São Paulo, que contam com técnicos novatos, enxergam na competição a chance de darem alegria aos seus torcedores que ainda lamentam a ausência na disputa continental.

Em alta, o Santos, finalista nas últimas oito edições, tem um objetivo nobre: conquistar o tricampeonato consecutivo, repetindo a façanha obtida nos tempos de Pelé, e, mais recentemente, entre 2010 e 2012, com Neymar.

Campeão brasileiro e com o elenco ainda mais forte, o Palmeiras tem como meta principal a Libertadores. Mas o fato de o Verdão não ser campeão estadual desde 2008 pode servir como combustível para o time do técnico Eduardo Baptista.

Dos clubes do interior, quem chega com mais expectativa é a Ponte Preta, oitava colocada no último Brasileirão. A Macaca manteve o atacante Pottker, um dos artilheiros do certame nacional, e nutre o sonho de levantar seu primeiro caneco de expressão.

Entre os campeões, o Corinthians lidera com 27 títulos. Com 22 conquistas cada, Palmeiras e Santos dividem a segunda colocação, com dois canecos a mais que o São Paulo. O outro único campeão paulista neste ano na elite é o Ituano, com dois títulos.

Regulamento
Os 16 times foram divididos em quatro grupos. Na primeira fase, cada time joga contra os rivais das outras chaves. Após 12 rodadas (das quais seis terão clássicos), os dois melhores de cada grupo avançam às quartas de final.

Diferentemente do que ocorria nos outros anos, todas as fases finais serão disputadas em duas partidas (até o ano passado, as quartas de final e semifinais eram em jogo único, e só a decisão em dois jogos).
Nesta edição, será novamente disputado o Troféu do Interior. Em quatro datas, ele reunirá os times que ficarem de nono a 14º na tabela geral de classificação. Caso dentre esses estejam times da capital ou o Santos, eles estão automaticamente fora da disputa, abrindo espaço para um time do interior.

O maior campeã paulista é o Corinthians, com 27 títulos. Palmeiras e Santos dividem a vice-liderança, com 22 conquistas, duas a mais do que o São Paulo (20). Dentre os outros presentes na edição de 2017, apenas o Ituano, com dois canecos, já foi campeão.

Sem a Taça Libertadores, o Paulistão passa a ser prioridade do Corinthians no primeiro semestre – algo que vinha sendo deixado de lado nos últimos anos. A falta de títulos em 2016 faz a diretoria apostar no estadual para, ao menos, devolver o gostinho de um troféu à torcida. Mesmo assim, o planejamento está longe do ideal. O Corinthians não conquista o torneio desde 2013.

Com um técnico novato, Fábio Carille, e sem contratações de impacto, o Timão ainda não pode fazer grandes investimentos por causa de sua situação financeira – o clube terá um 2017 melhor, mas ainda em alerta. Os destaques foram as contratações do zagueiro Pablo, ex-Bordeaux, do volante Gabriel, ex-Palmeiras, e do carismático atacante Colin Kazim, que disputou o Brasileirão pelo Coritiba.

Fora isso, o elenco é basicamente o mesmo que terminou o Campeonato Brasileiro na modesta sétima posição. Nomes como Fagner e Rodriguinho, porém, ainda podem deixar o clube nas próximas semanas.
Destaques do Timão:
Novidade: Kazim, atacante inglês naturalizado turco, já fez gol em sua estreia.

Ponto alto: o foco na competição. Com dois dos principais rivais na Libertadores, o Timão pode ter caminho um pouco menos complicado no estadual.

Ponto negativo: a nova reconstrução. A má campanha em 2016 provocou mais mudanças no elenco, que precisa ser remontado por um técnico estreante no cargo. Fábio Carille, inclusive, pode perder mais jogadores até o início do Paulista.

Números: 27 títulos fazem do Corinthians o maior campeão do Paulistão.

Técnico: Fábio Carille tem sua primeira chance como efetivado no Corinthians. Interino em outras oportunidades, ele foi alçado ao cargo após a demissão de Oswaldo de Oliveira e a falta de acerto com Reinaldo Rueda, do Atlético Nacional. No clube desde 2009, ele trabalhou com Mano Menezes e Tite, e tem os atalhos para tentar arrumar a equipe.

Finalista nas últimas oito edições e atual bicampeão, o Santos entra no Campeonato Paulista em 2017 ainda mais forte do que nos últimos anos. Mas com uma diferença: terá que aliar os esforços com a Libertadores da América. A ordem no Peixe é não priorizar a competição continental.

O Peixe não vendeu qualquer atleta até aqui e manteve a base do elenco vice-campeão brasileiro em 2016. Além disso, seis reforços chegaram: o zagueiro Cleber, o lateral-direito Matheus Ribeiro, o volante Leandro Donizete e os atacantes Vladimir Hernández, Bruno Henrique e Kayke.

O Alvinegro conta com o entrosamento e o conhecimento de Dorival Júnior, que está no comando desde julho de 2015. O técnico vai utilizar as primeiras rodadas do Paulistão como laboratório. Uma das ideias é formatar um esquema tático com uma linha defensiva de cinco jogadores e um só zagueiro.

O Santos não vai contar com David Braz e Ricardo Oliveira nos primeiros compromissos do Estadual. No restante, a equipe vai ser a mesma do ano passado. A primeira formação contra o Linense, dia 3, na Vila Belmiro, deve ser Vanderlei, Victor Ferraz, Cleber, Yuri (Lucas Veríssimo) e Zeca; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima; Vitor Bueno, Copete e Ricardo Oliveira.

Destaques do Peixe:
Novidade: contratação mais cara da gestão Modesto Roma (R$ 14,5 milhões), Bruno Henrique é a esperança para o setor ofensivo.
Ponto alto: o entrosamento. O Santos não vendeu qualquer atleta e ainda contratou seis reforços: Cleber, Matheus Ribeiro, Leandro Donizete, Vladimir Hernández, Bruno Henrique e Kayke.

Ponto negativo: o Alvinegro investiu em todos os setores, mas não contratou um meia para ser sombra de Lucas Lima. Léo Cittadini, Rafael Longuine e Jean Mota alternam bons e maus momentos.
Números: o Peixe chegou às últimas oito finais do Campeonato Paulista. Venceu cinco.

Técnico: desde julho de 2015 no comando do Santos, Dorival Júnior é o técnico mais longevo da Série A do Campeonato Brasileiro.


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2949 visitas - Fonte: Globo Esporte

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