O clima de festa pelo título da Copa do Brasil durou pouco nos gabinetes do Corinthians. Em um comunicado que pegou a torcida de surpresa nesta terça-feira (23), o clube anunciou o desligamento de Fabinho Soldado do cargo de executivo de futebol. A saída do profissional, que era tido como um dos grandes responsáveis pela montagem do elenco campeão, marca o início de uma reformulação administrativa conturbada para 2026.

A demissão ocorre em um timing explosivo. No último domingo, ainda no vestiário do Maracanã, o astro Memphis Depay fez um desabafo duro contra a diretoria, exigindo que "parassem de f... o clube" e dessem mais apoio ao trabalho de Fabinho Soldado. Pelo visto, o apelo da principal estrela do time surtiu o efeito contrário junto à cúpula alvinegra.

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A saída de Fabinho não foi uma decisão técnica, mas sim política.

Os bastidores da queda de Fabinho Soldado:

Isolamento Político: Fabinho vinha sofrendo pressão de alas da diretoria que questionavam sua autonomia e a proteção excessiva ao elenco e à comissão técnica de Dorival Júnior.

O "Aviso" de Memphis: As críticas do holandês contra vazamentos de contratos e a falta de estrutura foram vistas por alguns diretores como "insufladas" pela proximidade de Fabinho com os jogadores.

Divergência com Stabile: O presidente Osmar Stabile busca um perfil de executivo mais alinhado às suas novas diretrizes financeiras para 2026, visando quitar as dívidas bilionárias do clube.

Quem assume?: O Corinthians já trabalha com nomes de mercado. O objetivo é anunciar um substituto antes da reapresentação do elenco, marcada para o dia 3 de janeiro.

[Image showing a split screen: on one side, Fabinho Soldado during a training session; on the other, Memphis Depay's angry expression during the press conference, with the words "A Crise no Campeão" in the middle]

A saída de Fabinho Soldado deixa um vácuo de liderança no CT Joaquim Grava. Ele era o "para-choque" que filtrava as crises políticas para que não chegassem aos jogadores. Sem ele, resta saber como Memphis Depay e os outros líderes do grupo reagirão à mudança, especialmente após terem se posicionado publicamente a favor do agora ex-executivo.

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