O Corinthians vive um paradoxo em dezembro de 2025. Horas após celebrar o título da Copa do Brasil e consolidar uma temporada de "dobradinha" (Paulistão e Nacional), o clube comunicou oficialmente a saída de Fabinho Soldado do cargo de executivo de futebol. A decisão, descrita como um "comum acordo", encerra uma trajetória marcada por sucessos em campo e turbulências nos bastidores.
A saída de Fabinho não é fruto de desempenho, mas de um desgaste político irreversível. O executivo, que foi o braço direito na montagem do elenco campeão, já havia sinalizado descontentamento com a falta de autonomia e a desvalorização de seu papel em decisões cruciais da alta cúpula alvinegra.
O Arquiteto do Sucesso e o Conflito com Stabile
A insatisfação de Fabinho não era recente e já havia sido pauta de reuniões com o presidente Osmar Stabile há mais de um mês.
Os pontos-chave da saída de Fabinho Soldado:
Legado de Títulos: Fabinho deixa o CT Joaquim Grava com o 31º título paulista e o tetracampeonato da Copa do Brasil no currículo apenas nesta temporada.
Sentimento de Desvalorização: Internamente, o executivo sentia que o mérito pela reformulação do elenco — que incluiu nomes como Memphis Depay e Hugo Souza — estava sendo drenado por alas políticas do clube.
Contrato Interrompido: O vínculo de Fabinho se estendia até 2026, mas as divergências de visão sobre o futuro do Departamento de Futebol tornaram a permanência insustentável.
Próximos Passos: O Corinthians agora corre contra o tempo para anunciar um novo executivo antes da reapresentação do elenco em 3 de janeiro, visando o planejamento da Libertadores.
Em nota oficial, o Timão agradeceu ao profissional: "O clube reconhece seu empenho e dedicação. Continuaremos a reestruturação do Departamento de Futebol e informaremos os próximos passos em breve". A saída de Fabinho Soldado abre uma lacuna de liderança técnica no clube justamente no momento em que o mercado de transferências para 2026 começa a aquecer.
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