O título da Copa do Brasil não foi suficiente para pacificar os bastidores do Corinthians. A oficialização da saída de Fabinho Soldado nesta semana tornou-se o estopim para o primeiro grande conflito entre os jogadores e a gestão do presidente Osmar Stabile. O desligamento do executivo, peça-chave na montagem do grupo campeão, foi visto pelo vestiário como uma decisão puramente política que ignorou o sucesso esportivo e o clamor dos atletas.
Internamente, o sentimento é de frustração. Lideranças como o zagueiro André Ramalho já haviam exaltado publicamente a importância de Fabinho na estruturação do departamento de futebol. Durante as celebrações no Maracanã, o elenco chegou a se unir em coro pedindo que o dirigente ficasse para a Libertadores 2026, mas o apelo foi solenemente ignorado pela cúpula alvinegra.
O Custo do Desgaste e o "Perdão" da Multa
A saída, embora apresentada como um "acordo mútuo", carrega traços de mágoa e pressão externa.
Os detalhes que marcaram o adeus de Fabinho Soldado:
Acordo Financeiro: Em um movimento raro, clube e executivo decidiram não cobrar a multa de R$ 2 milhões prevista no contrato (que ia até o fim de 2026), facilitando o distrato amigável.
Insatisfação Evidente: Fabinho deixou o cargo visivelmente descontente com o desgaste gerado por críticas em redes sociais e rusgas com alas políticas que agora ganham força com Stabile.
Destino Internacional: Livre no mercado, o dirigente está a um passo de ser anunciado pelo Internacional, clube onde é ídolo histórico.
Vaga em Aberto: O Corinthians já sondou três nomes para o cargo, mas as exigências salariais e o clima de instabilidade travaram as negociações iniciais.
[Image showing Fabinho Soldado in a serious conversation with André Ramalho on the pitch, with a graphic overlay: "Vestiário vs. Diretoria" and a broken chain icon representing the R$ 2M fine]
A escolha de Osmar Stabile em priorizar o entendimento político interno em vez de manter a harmonia com o vestiário é uma aposta arriscada às vésperas de uma temporada de Libertadores. Sem um "escudo" técnico como Fabinho, a nova gestão terá que provar rapidamente que pode manter o nível de contratações e resultados sem o homem que gozava de total confiança dos jogadores.
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