O grito de campeão da Copa do Brasil ainda ecoa, mas para a diretoria do Corinthians, o foco mudou do gramado para o balancete. O presidente Osmar Stabile confirmou que o clube já iniciou os trâmites para pagar a dívida de R$ 41 milhões com o meia Matías Rojas. O objetivo é fulminante: evitar que a FIFA aplique um novo transfer ban que impediria o clube de registrar reforços para a Libertadores 2026.
O pagamento será realizado em duas parcelas, sem a incidência de novos juros, graças a um acordo costurado com os advogados do atleta. A primeira parte deve ser quitada ainda esta semana, utilizando o fluxo de caixa imediato gerado pela conquista do tetracampeonato no Maracanã.
A "Engenharia" de Stabile: Onde Vai o Dinheiro?
A premiação bruta do título gira em torno de R$ 97 milhões, mas, após impostos e taxas, o Corinthians espera ter entre R$ 68 milhões e R$ 69 milhões líquidos em mãos.
A lista de prioridades da gestão financeira:
Caso Matías Rojas: R$ 41 milhões (Dívida de direitos de imagem 2023-2024).
Félix Torres (Santos Laguna): R$ 44 milhões (Causa do transfer ban atual de três janelas).
Rodrigo Garro (Talleres): R$ 23,3 milhões (Atraso na compra dos direitos econômicos).
Maycon (Shakhtar): R$ 6,7 milhões (Referente ao empréstimo do volante).
Outras pendências: José Martínez (R$ 8 mi) e Charles (R$ 6,2 mi).
"Joga dinheiro na minha mão que eu sei fazer", afirmou Stabile, demonstrando confiança na reestruturação. O plano é utilizar a moral elevada do título para renegociar prazos com os clubes estrangeiros (Talleres e Santos Laguna), tentando parcelamentos que permitam ao clube respirar e, simultaneamente, manter o elenco competitivo sob o comando de Dorival Júnior.
O sucesso dessa "faxina" financeira é vital para 2026. Sem quitar essas pendências, o Corinthians corre o risco de disputar a Libertadores com um elenco limitado, sem poder inscrever as peças que o mercado deve oferecer na janela de janeiro.
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