Após o exuberante êxito na Copa do Brasil, os torcedores do Corinthians são forçados a retornar à realidade desafiadora que o clube enfrenta. Não se trata de minimizar a alegria da conquista, que foi realmente impressionante e, de certa forma, inesperada — simbolicamente, "mais Corinthians impossível". Ao final de 2025, o Corinthians celebra a obtenção de dois títulos, um deles em cima do seu maior rival, encerrando a temporada com a taça erguida no icônico Maracanã.

Essas vitórias confirmaram a resiliência do Corinthians, que provou ser capaz de superar e até mesmo surpreender nas piores circunstâncias. O ano foi marcado por eventos turbulentos, incluindo a deposição de um presidente, uma dívida alarmante de quase R$ 3 bilhões e escândalos de corrupção que tumultuaram a instituição. Contudo, esse cenário caótico aliado ao desempenho esportivo positivo deve sinalizar a prioridade que a diretoria precisa adotar daqui para frente: chegou a hora de puxar o freio, de apertar o cinto e de implementar uma reestruturação que, embora dolorosa, se faz extremamente necessária.

O Corinthians, apesar do tumulto em 2025, deve estabelecer um compromisso com sua apaixonada torcida: 2026 precisa ser um ano de arrumar a casa. Os torcedores podem esperar um time mais econômico, com cortes de custos significativos. Para prevalecer através desta tempestade, a Fiel, como é carinhosamente chamada a torcida, precisa unir forças e apoiar essa causa. É um desafio que exige tranquilidade e visão, tendo em vista que há uma Libertadores a ser disputada, mesmo que a equipe precise se reconfigurar de maneira mais limitada.

Este passo atrás pode, na realidade, abrir portas para um futuro promissor. O Corinthians dispõe de todas as ferramentas necessárias para iniciar uma revolução estrutural e de mentalidade no clube. O essencial agora é que a vontade de modificar a situação seja manifestada de forma clara e decidida.