O Corinthians não consegue engrenar no Campeonato Brasileiro, principalmente quando atua longe dos seus domínios. Em 12 jogos disputados, o Alvinegro soma apenas quatro vitórias, contando ainda em seu histórico três derrotas seguidas quando tem de sair da Zona Leste paulistana. Ao se olhar para os triunfos como visitante, o que fica claro aos alvinegros como imprescindível para a partida desta quarta-feira, contra o Coritiba, às 21h45 (de Brasília), no Couto Pereira, porém, é que a equipe tem uma missão: não levar gols.

Nas vezes em que conseguiu sair de campo com a vitória, o Timão passou ileso ao ataque dos adversários. A primeira vez foi contra o Sport, na quarta rodada, quando venceu por 2 a 0 na Ilha do Retiro. Depois, conseguiu triunfos diante do América-MG (2 a 0), da Chapecoense (2 a 0) e do Internacional (1 a 0), sempre apostando na força defensiva.

A história poderia ser semelhante à do clássico do último domingo, quando o time fez 1 a 0 sobre o Santos e controlou o primeiro tempo. Já na metade final da segunda parte, porém, não conseguiu se organizar e viu o Peixe balançar sua rede. Como a tabela de jogos do torneio demonstrava, acabou levando a virada e completando a oitava derrota em 12 jogos como forasteiro, perdendo sempre que é vazado.

Além do 2 a 1 santista, o time já havia sido superado por Vitória (3 a 2), Palmeiras (1 a 0), Fluminense (1 a 0), Atlético-MG (2 a 1), Atlético-PR (1 a 0), Grêmio (3 a 0) e Ponte Preta (2 a 0). Dessa forma, apesar da invencibilidade dentro dos seus domínios (8 vitórias e 4 empates), se vê na quarta colocação da competição, sete pontos atrás do líder e arquirrival Palmeiras.

"Quando o time recebe gol normalmente o culpado é a defesa, mas a gente é um time. Quando não tem a bola, todo mundo é defensor, quando perde, perdemos todos, quando ganha, ganhamos todos. Tentamos jogar bem cada jogo, tentamos nos manter focados em cada jogo", avaliou o zagueiro Balbuena, sem apontar falhas na escalação de Cristóvão para justificar as derrotas.

"Temos que minimizar os erros, porque quando tem erro termina em gol. Estamos levando azar, não sei, mas custa caro. Precisamos fazer o gol para ficar mais perto da vitória, como não fizemos contra o Santos, e não podemos falhar tanto", continuou o paraguaio, reconhecendo que os atletas têm deixado a desejar principalmente na oscilação apresentada durante as partidas.

"Não é nenhum fator que tem influenciado nisso, o rendimento geral do time caiu um pouco, a gente tem perdido muitos jogos fora de casa. O nível de competitividade nosso caiu um pouco, a gente está trabalhando, no segundo tempo contra o Sport e no primeiro contra o Santos. Tem que tentar não ser só 45 minutos com esse nível, manter mais tempo possível", concluiu.