Cristóvão enquanto jogador, em 1986; e como treinador

O novo treinador do Corinthians não é novidade para o clube. Enquanto jogador, Cristóvão Borges defendeu as cores da equipe paulista entre 1986 e 1987. O fato coloca o ex-volante em uma pequena lista com mais oito nomes nos últimos 40 anos da história corintiana, aqueles que jogaram e comandaram o time.

O último nome a fazer parte deste grupo foi Adílson Batista, que treinou o Corinthians em 2010. Mas, antes dele, o retrospecto não é nada bom. De todos os que atuaram pelo clube nas duas funções, apenas um conseguiu títulos.

Adílson Batista

A chegada de Adílson ocorreu em situação parecida com a de Cristóvão. Dunga demitido da seleção brasileira e treinador do Corinthians contratado para substituí-lo - na ocasião, Mano Menezes.

Adílson assumiu o time em julho de 2010 e ficou apenas 17 jogos no comando do time. Foram sete vitórias, quatro empates e seis derrotas. A queda veio após perder para o Atlético-GO, no Pacaembu. A demissão de Adílson abriu espaço para a contratação de Tite, ainda em 2010.

Márcio Bittencourt

Campeão brasileiro como jogador em 1990, Bittencourt assumiu o Corinthians após a demissão de Daniel Passarella, em 2005. Como técnico, praticamente levou o time ao título do Brasileiro naquele ano. Foi dispensado antes do final da competição por não ter a 'experiência' pedida pela diretoria da época.

Foram 15 vitórias em 23 jogos - 71% de aproveitamento no Brasileiro. Foi substituído por Antônio Lopes, que terminou o campeonato com o título.

Eduardo Amorim no comando do time, em 95

Eduardo Amorim

Amorim defendeu o Corinthians dentro de campo por seis anos - entre 1981 e 1987, foram mais de 300 jogos pela equipe. Já na função de técnico, o ex-meia comandou o time entre 1995 e 1996.

Efetivado após a saída de Mário Sérgio, foi o único a levantar taças como treinador. Amorim venceu o Paulista e a Copa do Brasil de 1995, mas foi demitido após ser eliminado na Libertadores do ano seguinte.

Juninho Fonseca

Foi zagueiro do Corinthians entre 1983 e 1985 - chegou a vencer o Paulista de 83. Se tornou técnico do time em outubro de 2003, mas ficou apenas 17 jogos no cargo. Foi demitido após perder para o São Paulo em fevereiro do ano seguinte.

Leão

Goleiro do time em 1983, também fez parte do grupo que venceu o estadual daquele ano. Participou de 50 jogos no gol corintiano.

Já na outra função, Leão chegou ao clube em agosto de 2006, e ajudou na briga contra um possível rebaixamento. Porém, causou polêmica ao tirar a braçadeira de capitão de Tevez, complicando a situação do argentino no Corinthians. Foram 46 jogos, 22 vitórias, 13 empates e 11 derrotas.

Basílio

Apelidado de 'Pé-de-Anjo', Basílio é um dos grandes nomes da história do Corinthians. Defendeu o clube em 253 jogos entre 1975 e 1981, e venceu duas vezes o Paulista - 77e 79.

O ex-jogador tem quatro passagens pelo banco de reservas corintiano. Entre 1985, 1987, 1989/1990 e 1992, somou 116 jogos, venceu 51 e perdeu 23. Basílio não conseguiu repetir o que fez dentro de campo, e saiu do clube sem título algum como técnico.

Palhinha

Companheiro de Basílio nos títulos estaduais de 77 e 79, era o famoso 'ponta-de-lança' da equipe. Participou de 148 jogos entre 1977 e 1980, e fez 44 gols.

Assim como grande parte dos outros treinadores, a passagem de Palhinha foi curta. Foram 25 partidas (13 vitórias e 9 derrotas) em 1989, perdeu o Paulista e foi demitido nas primeiras rodadas do Brasileiro daquele ano.

Zé Maria

Um dos maiores ídolos do time nos anos 70 e 80, o ex-lateral participou de 598 jogos pelo Corinthians, e venceu quatro campeonatos estaduais (1977, 1979, 1982 e 1983).

Zé Maria se tornou treinador da equipe antes de se aposentar. Foi 'eleito' para o cargo pelos companheiros de time, em 1983. Foram apenas oito jogos, com três vitórias, três empates e duas derrotas. Após o período no cargo, voltou a atuar como jogador no Corinthians.

Basílio em jogo do Corinthians no Paulista de 90