O Corinthians enfrenta uma grave crise financeira, refletida no crescimento de sua dívida desde 2007. As principais causas desse cenário são despesas com pessoal subestimadas, uma receita inferior com a venda de jogadores e a eliminação precoce na Conmebol Libertadores. Esse contexto gerou uma discrepância alarmante de R$ 120,9 milhões entre o superávit de R$ 37,5 milhões, que havia sido orçado pela gestão de Augusto Melo, e o déficit de R$ 83,3 milhões, previsto pela administração de Osmar Stabile para 2025.
O orçamento inicialmente apresentado por Augusto foi revisado após a nova direção avaliar que as previsões estavam distantes da realidade. O novo documento passará pela votação do Conselho Deliberativo na próxima segunda-feira. Um dos maiores pontos de divergência encontra-se nas negociações de atletas: enquanto a gestão anterior previu uma receita líquida de R$ 180,154 milhões, a nova administração reduziu essa expectativa para apenas R$ 73,659 milhões, resultando em uma diferença de R$ 106,855 milhões, o que representa uma queda de 59,2% em relação ao que foi inicialmente projetado.
Outro ponto crítico são as despesas operacionais, especialmente com pessoal, incluindo salários, direitos de imagem e encargos trabalhistas. O orçamento revisado prevê um total de R$ 492,774 milhões gastos com pessoal, um aumento significativo de 42,5% em relação aos R$ 345,881 milhões calculados anteriormente. Segundo o Conselho Fiscal, essa discrepância é atribuída a subestimações em previsões de férias e 13º salário, além de valores de salários que ultrapassam as expectativas orçamentárias.
A eliminação do Corinthians na terceira fase da Conmebol Libertadores, que ocorreu antes da fase de grupos, também impactou negativamente as finanças do clube, resultando em uma redução nas receitas provenientes de direitos de TV (-2,1%) e bilheteiras de jogos (-7,1%). A participação na Copa Sul-Americana conseguiu compensar apenas parte dessas perdas, já que os valores dessa competição são significativamente menores.
Em relação ao Campeonato Brasileiro, a nova administração revisou suas expectativas, prevendo que o time termine entre a 8ª e 10ª colocações, o que deve render cerca de R$ 210 milhões ao final do ano. Anteriormente, o objetivo era alcançar o 8º lugar. No que diz respeito a patrocínios, a expectativa foi ajustada para R$ 174,477 milhões, 17,5% inferior aos R$ 211,611 milhões planejados anteriormente, devido a propriedades que ainda não foram comercializadas.
O resultado operacional projetado, considerando apenas receitas e despesas recorrentes, deve ser inferior ao inicialmente orçado em 116%. Essa queda é principalmente atribuída às despesas de pessoal que foram subavaliadas e à não concretização do crescimento de receitas esperado. O parecer do Conselho Fiscal indica que a perspectiva de redução da dívida é imprecisa no atual cenário de geração de caixa.
Atualmente, o endividamento do Corinthians gira em torno de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 1,948 bilhões referente ao clube em si e R$ 675,2 milhões devidos à Caixa Econômica Federal, oriundos do financiamento da Neo Química Arena. A situação financeira do clube é crítica, e um acompanhamento rigoroso se faz necessário para entender o descompasso entre a projeção orçamentária e a real situação financeira.



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