O futuro do Corinthians para a temporada de 2026 aponta para uma reestruturação financeira significativa, a fim de equilibrar suas contas. Com o objetivo de fechar o ano com um superávit de R$ 12 milhões, o clube se prepara para implementar cortes de gastos, especialmente em relação aos salários de jogadores e funcionários.

De acordo com o planejamento orçamentário, a previsão é que as despesas totais com pessoal durante 2025 sejam de R$ 505 milhões, reduzindo esse valor em 19% para R$ 410 milhões em 2026. No setor de futebol, as despesas estão projetadas para cair de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões, o que representa uma diminuição aproximada de R$ 6,2 milhões mensais na folha salarial.

Com uma dívida total em torno de R$ 2,7 bilhões, o clube também prevê um gasto de R$ 219 milhões em despesas financeiras durante o próximo ano. Para alcançar as metas estabelecidas, a venda de jogadores torna-se uma estratégia crucial. O Corinthians espera arrecadar cerca de R$ 151 milhões com o repasse de direitos federativos e as verbas oriundas do mecanismo de solidariedade da FIFA.

A principal fonte de receita para o clube continua a ser os direitos de transmissão dos jogos, com uma expectativa de faturamento de R$ 335 milhões para 2026. A área de patrocínios também está prevista para crescer, com uma estimativa de arrecadação de R$ 255 milhões, o que representa um aumento de 47% em comparação a 2025. No total, a receita líquida projetada para 2026, excluindo as vendas de atletas, é de R$ 806 milhões, um incremento de R$ 94 milhões em relação ao que é esperado para 2025.

Diferentemente de anos anteriores, o Corinthians optou por não divulgar a colocação desejada nas competições, uma informação que influencia diretamente na arrecadação proveniente de prêmios e direitos de televisão. Este orçamento ficará sob análise do Conselho Fiscal e do Conselho de Orientação, antes de ser submetido à votação no Conselho Deliberativo do clube, marcada para o dia 15.