O Ministério Público de São Paulo anunciou, na última sexta-feira (5), a abertura de um inquérito civil para investigar um pedido de intervenção judicial no Corinthians. A iniciativa surgiu após o promotor Cassio Conserino, responsável pela apuração do uso do cartão corporativo em gestões anteriores do clube, ter sugerido à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, em 18 de novembro, que fosse decretada essa intervenção. O documento que embasa a sugestão contém 55 páginas e apresenta 25 fundamentos, que, segundo o autor, justificam a abertura de uma ação civil pública.
Como o promotor Cassio Conserino atua na área criminal, ele não possui a competência necessária para solicitar a intervenção. O caso agora será investigado pelo Ministério Público, que, caso aprove a iniciativa, poderá tomar medidas como solicitação de documentos, coleta de depoimentos e realização de perícias, que podem resultar na propositura de uma ação civil pública.
O Corinthians, reconhecido como patrimônio cultural, é alvo da proteção do Ministério Público. Paralelamente, denúncias foram oferecidas e aceitas contra o ex-presidente Augusto Melo e outros, sob acusações de associação criminosa e lavagem de capitais. Outras denúncias, que envolvem o ex-presidente Andres Sanches e o atual gerente financeiro da gestão, Roberto Gavioli, tratam de apropriação indevida e lavagem de capitais, enquanto investigações adicionais focam em outros ex-presidentes do clube.
Além disso, a Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva está apurando um grande desvio de material esportivo por parte de dirigentes da gestão atual. Mantém-se a denúncia de um sistema de compliance inoperante e a assinatura, por parte do ex-presidente e do gerente financeiro que continua na gestão, de confissões de dívidas já prescritas. O clube também tem enfrentado um regime Centralizado de Execuções que não foi homologado e contém contratos considerados prejudiciais ao Corinthians.
Outras inquietantes situações incluem a emissão de notas fiscais supostamente falsificadas pelo Oliveira Minimercado, que é apontado como uma empresa de fachada, além de laudos de auditores externos que indicam irregularidades nas finanças do clube. O endividamento do Corinthians é considerado um problema sério e insustentável, segundo avaliações de profissionais independentes.
O ambiente do clube é marcado por desorganização institucional e financeira, omitindo informações relevantes em seus órgãos deliberativos e de controle. A situação é ainda mais complexa com denúncias de ligações com o crime organizado, relacionadas a pagamentos de comissões e vínculos com empresas suspeitas. A gestão atual é criticada por práticas que podem caracterizar uma administração temerária, assumindo a responsabilidade pela terceira maior folha salarial do país e além de experiências nebulosas na contratação e licenciamento de atletas e marcas.
Por fim, há a menção de casos evidentes de descumprimento do estatuto no processo de impeachment do ex-presidente Augusto Melo e a sonegação de atas do Conselho Deliberativo, mesmo após ordens judiciais. A situação do Corinthians ressoa como uma questão séria que envolve não apenas a sua reputação, mas também o futuro da entidade como um todo.



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