Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
A campanha do Corinthians no Campeonato Brasileiro de 2025 tem deixado a desejar em vários aspectos, mas um olhar mais analítico revela um detalhe especialmente preocupante: o desempenho da equipe no primeiro tempo.
Nas primeiras 14 partidas do Brasileirão, o Timão chegou ao intervalo com a vantagem no placar em apenas duas oportunidades. Isso reforça a dificuldade do time em se impor nos primeiros 45 minutos, uma etapa decisiva. Enquanto outras equipes assumem o controle logo cedo e consolidam a vitória, o clube tem frequentemente precisado reagir, ou então passa o jogo inteiro sem dominar o adversário.
Esse desempenho ruim do Corinthians na primeira etapa também diminui os retornos da equipe no mercado de apostas conhecido como
intervalo/final do jogo. Este mercado consiste em prever o resultado de uma partida tanto ao fim do primeiro tempo quanto no final dos 90 minutos.
Em outras palavras, o apostador tenta acertar o time que estará vencendo no intervalo e o vencedor final da partida, ou se o empate vai prevalecer em algum dos períodos. É um mercado que exige consistência e desempenho equilibrado ao longo da partida, algo que o Corinthians tem lutado para apresentar.
Analisando as
estatísticas do Brasileirão 2025 no formato intervalo/final do jogo, o Corinthians tem apenas uma partida em que chegou vencendo no intervalo e confirmou a vitória no final da partida. Isso significa que em apenas 7% dos jogos o time conseguiu manter uma vantagem desde o primeiro tempo até o fim, um dado alarmante para uma equipe com ambições continentais.
Esse padrão de jogo inconstante compromete não apenas as chances do Corinthians de alcançar uma vaga na próxima Libertadores, mas também o torna uma equipe pouco confiável no mercado de apostas de intervalo/final do jogo.
A instabilidade do desempenho dificulta previsões, o que afasta investidores e apostadores mais atentos às estatísticas. Para mudar esse cenário, o clube precisará encontrar formas de melhorar sua intensidade inicial, garantindo que os primeiros 45 minutos deixem de ser uma fraqueza e passem a ser uma arma.
Por outro lado, um dado curioso e positivo se destaca: o Corinthians é o time que mais venceu partidas após sair perdendo no primeiro tempo. Foram duas vitórias em que a equipe virou o placar, ambas em casa, após um primeiro tempo adverso: contra o Sport, na quinta rodada, e contra o Internacional, na rodada 7.
Isso mostra que, apesar das falhas iniciais, o elenco tem poder de reação e capacidade para reverter situações difíceis. No contexto do mercado de intervalo/final do jogo, essas viradas correspondem a um dos resultados mais valorizados e menos frequentes, o que pode indicar boas oportunidades futuras para quem acompanha o time com atenção.
Considerando a
tabela do Corinthians até o final do primeiro turno, é improvável uma mudança significativa a curto prazo. Mas é uma das correções que o técnico Dorival Junior terá que implementar para a segunda metade do campeonato. A regularidade, especialmente na construção de vantagem desde o início, é essencial para consolidar bons resultados tanto esportivos quanto no universo de intervalo/final do jogo.
Comparando com os melhores desempenhos da tabela, vê-se o quanto o Timão fica para trás. Cruzeiro, Flamengo e Botafogo, por exemplo, têm campanhas bem mais consistentes nesse recorte: ainda não perderam nenhuma partida após chegarem com a vantagem no intervalo.
Os mineiros são o time que estiveram mais vezes nesta situação, com sete vitórias, contra cinco dos rubro-negros e quatro dos alvinegros. Essas estatísticas não apenas os colocam como sérios candidatos ao título, inclusive nas
probabilidades, mas também os tornam altamente atraentes para apostadores no mercado de intervalo/final do jogo.