O Corinthians está avançando nas negociações para aumentar seu patrocínio master, um movimento estratégico considerando a atual situação financeira do clube. Nos primeiros nove meses de 2025, o Corinthians enfrentou um déficit significativo de R$ 180,1 milhões, conforme revelado nos balancetes financeiros divulgados recentemente.

Entre janeiro e setembro deste ano, o clube registrou uma receita operacional líquida de R$ 546 milhões, no entanto, as despesas operacionais alcançaram R$ 584,9 milhões, resultando em um EBITDA contábil negativo de R$ 38,8 milhões. Apesar de ter conseguido R$ 105 milhões em receitas com a venda de direitos federativos de atletas, as despesas financeiras, que somaram R$ 159,3 milhões, contribuíram para agravar o déficit acumulado que inclui tanto o futebol quanto o clube social.

No início de julho, o déficit era de R$ 103 milhões e passou para R$ 138,4 milhões em agosto. O impacto financeiro se mostra maior do que o déficit projetado inicialmente para o ano, que era estimado em R$ 83,3 milhões segundo o orçamento revisado apresentado pela gestão de Osmar Stabile. Estima-se que a chegada de receitas como a cota de televisão da Liga Forte União (LFU), esperadas para o fim do ano, possa ajudar a reduzir esse resultado negativo.

A Diretoria Financeira do clube já concluiu a elaboração do orçamento para 2026, prevendo um superávit de R$ 12 milhões, o que indica uma expectativa de recuperação. Vale ressaltar que a dívida bruta do Corinthians, que inclui tanto o clube quanto o financiamento da Neo Química Arena, permanece em torno de R$ 2,7 bilhões, um desafio que a gestão ainda precisa administrar cuidadosamente nos próximos anos.