O técnico Dorival Júnior ficou satisfeito com o desempenho do Corinthians no segundo tempo do clássico contra o Santos. Depois de sofrer na primeira etapa, o Timão foi melhor que o rival, abriu o placar e conseguiu a vitória por 1 a 0 na Neo Química Arena , pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista depois da partida, Dorival Júnior explicou o que mudou do primeiro para o segundo tempo na vitória do Corinthians . O técnico acredita que a posse de bola do Timão na etapa inicial não ofereceu riscos ao Santos, que criou as melhores chances até o intervalo.
Passamos a jogar entre linhas adversárias e tivemos aproximação maior. Com a aproximação maior, tem troca de passes e busca infiltrações. Com os meias buscando bolas nos pés dos zagueiros ou volantes, não tem esse homem chegando como fator surpresa. Foi isso que aconteceu no primeiro tempo, uma troca de passes morosa – explicou o treinador. – Nos posicionamos corretamente, aí o Carrillo entrou por dentro, Martínez pelo lado, abrimos o corredor para a passagem dos nossos laterais, e isso contribui para o crescimento. Começamos a ter volume e não só posse. Na minha opinião, foi o que tivemos na primeira etapa, uma posse falsa.
Corrigimos, mudamos algumas coisas, Bidon veio mais por dentro, começamos a pesar a última linha adversária e incomodar mais o adversário. Questionado sobre a possibilidade de montar o Corinthians com mais jogadores com características de pontas, Dorival Júnior disse que o time, na verdade, foi escalado para jogar por dentro, não pelos lados. – É um caminho. Essa equipe foi montada para jogar por dentro. Não temos jogadores de lado, à exceção do Talles Magno. É o único atleta que temos com essa característica, mas joga por dentro também como segundo atacante, tem feito bons treinos.
Outra opção seria Carrillo, o Romero que está mais adaptado a um segundo homem do que aberto. Perdemos muito do Romero tirando ele da área. Vou ter que usar o Carrillo em alguns momentos, pois ganhamos amplitude. E para melhorar o desempenho do Corinthians em momentos como o primeiro tempo do clássico, Dorival Júnior acredita ter a receita. – Nossos meias terem paciência e jogar entre as linhas adversárias. Se começam a passar vindo nos pés dos volantes, dos laterais ou zagueiros, nós ficamos sem capacidade de infiltração.
Com esses jogadores posicionados, eles podendo estar na última linha adversária, aumentam nossas chances e possibilidades. Buscamos estar mais próximo do gol adversário. Isso é uma correção. Fiquei satisfeito com o controle, com a paciência que tivemos – completou o treinador.