Os jogadores do Corinthians não têm certeza sobre quem será o técnico da equipe na próxima temporada. Mano Menezes tem contrato com o clube até o fim deste ano, mas sua permanência está diretamente vinculada aos resultados do Timão neste fim de ano. Com a vaga na Taça Libertadores da América considerada obrigação pela diretoria, o elenco deixa o assunto de lado e prefere não pensar sobre a possível troca de comando no início de 2015.

A eleição presidencial do clube, agendada para fevereiro, aumenta a incerteza em relação ao planejamento. O atual mandatário, Mário Gobbi, deixará o cargo, mas se vê em um impasse sobre a renovação contratual de Mano - ele já disse, inclusive, que cada presidente tem sua preferência para o cargo de técnico. Um problema para o pensamento alvinegro a longo prazo, já que haverá pelo menos um mês de intervalo entre o fim do contrato do treinador e a escolha do novo dirigente.

Ciente de que o título brasileiro está mais distante por conta da vantagem criada pelo Cruzeiro na liderança, a diretoria confia em uma vaga no G-4 ou na conquista da Copa do Brasil para jogar a Libertadores de 2015 e evitar os prejuízos de não disputar o principal torneio do continente. Ao início da temporada, a cúpula pedia paciência à torcida para que Mano pudesse trabalhar, tendo em vista as diversas mudanças feitas no elenco. Hoje, após menos de um ano, a permanência é uma dúvida.

Entre os jogadores, a possível troca não é um assunto recorrente. Preocupado com o final de temporada, o elenco foca os objetivos mais próximos, com apenas uma aposta: a de que o Timão estará mais ajustado em 2015, uma vez que já terá se acostumado às alterações feitas do início do ano até aqui.

- A gente não pensa nisso, até porque tem a diretoria. O Mano vem fazendo um grande trabalho aqui no Corinthians. Ele mudou bastante o time, muitos jogadores saíram, e ele teve de reformular. No ano que vem acho que a equipe vai estar mais forte, e quem for o técnico vai ter um time bem organizado – resumiu o goleiro Cássio.

No início da temporada, as mudanças constantes na equipe e o jeito mais "fechado" do treinador intrigaram parte do elenco. Há duas semanas, após a derrota para o Atlético-PR, três jogadores do elenco - o volante Ralf, o lateral Fábio Santos e o meia Renato Augusto - pediram para dar entrevista coletiva e defender Mano Menezes em público.