O Corinthians estreia nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Conmebol Libertadores . Tratado como amplo favorito no confronto com a Universidad Central, da Venezuela, o Timão chega para sua 18ª participação no torneio continental amparado na força e na união de seu miscigenado elenco composto por brasileiros, latinos e dois europeus. Quem acompanha o dia a dia do Corinthians no CT Joaquim Grava é categórico ao afirmar que a arrancada de nove vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro do ano passado e a consequente vaga na Libertadores 2025 apenas foi possível graças à simbiose entre estrangeiros e brasileiros. Atualmente, são oito atletas nascidos fora do Brasil que compõem o elenco do Corinthians , sendo que metade deles é titular.
A mistura latina faz com que o espanhol (ou "portunhol") seja uma língua constantemente ouvida nos corredores do clube. Há também diálogos em inglês, às vezes necessários para que o holandês Memphis Depay se comunique com o restante do grupo. – Somos uma equipe muito unida, feliz. Sempre estamos com essa energia bonita que necessita uma equipe. O Corinthians é assim, dentro de campo damos 100% e fora de campo temos o nosso momento de dançar, cantar e descontrair. Acho que foi por isso que conseguimos os resultados do ano passado – explicou o venezuelano José Martínez, em entrevista ao ge durante a pré-temporada.
Ao longo das últimas semanas, a reportagem ouviu jogadores, membros da comissão técnica, empresários e pessoas que frequentam o dia a dia do CT Joaquim Grava para entender a relação entre os gringos e os brasileiros. Todos, sem exceção, garantem que o clima é saudável, que não há vaidade e que, inclusive, amizades antes vistas como improváveis surgiram no elenco. – Hoje, você vê o Matheuzinho indo jantar na casa do Carrillo, você percebe o André Ramalho se divertindo com o Romero e com o Héctor Hernández. O grupo foi se formando como uma unidade. O Carrillo, de certa forma, teve essa habilidade e talento de unir as peças. – Até por ele (Carrillo) ter jogado em Portugal, tem o português um pouco mais avançado. Aos poucos, ele foi interagindo com música, chamando o pessoal para ir jantar e organizando uns jogos de carta – argumenta Diego Pereira, o chefe da preparação física do Timão e responsável pelo "bico" de tradutor de Memphis Depay no dia a dia do clube.
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O boa praça Como citado acima, André Carrillo é um dos nomes mais ativos nos bastidores do departamento de futebol do Corinthians . Além de ser um elo entre os gringos e os brasileiros, o meio-campista tem a importante missão de ser o DJ do vestiário, revezando a função com o lateral Matheuzinho.