Paulo Pitombeira, agente esportivo da Talent Sports, moveu três processos contra o Corinthians, totalizando R$ 24,1 milhões. Apesar de manter uma boa relação com a diretoria, a decisão de levar a questão à Justiça partiu do próprio clube alvinegro. A informação foi noticiada pelo "Ge.globo". A proposta do Corinthians é para incluir as dívidas no Regime Centralizado de Execuções (RCE), mecanismo associado à lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), que faz parte do plano do clube alvinegro para quitar os débitos. O RCE estabelece uma "fila" de credores, organiza os pagamentos e destina uma parte da receita mensal do clube para quitá-los em até dez anos.
Com isso, o Timão assume um compromisso financeiro e, em contrapartida, evita bloqueios por inadimplência em ações judiciais. Uma das partes da dívida é relacionada a Róger Guedes. As dívidas do empresário correspondem a intermediações em negociações feitas por antigas diretorias do clube alvinegro, envolvendo o zagueiro Lucas Veríssimo, os atacantes Róger Guedes e Luan, além do ex-treinador Fábio Carille. As negociações aconteceram nas gestões de Andrés Sanchez e Duilio Monteio Alvez, que durou de 2018 a 2023.

No total, as ações somam R$ 24,1 milhões. O Corinthians enfrenta cobranças de Paulo Pitombeira por intermediações em negociações realizadas por antigas gestões. Entre os valores reivindicados, estão R$ 550 mil referentes à contratação de Fábio Carille em 2018, quantia reduzida após um pagamento parcial do clube sobre o total de R$ 1,6 milhão. Além disso, o empresário exige R$ 4,4 milhões pela negociação de Luan em 2019 e R$ 5,52 milhões pela intermediação na chegada de Róger Guedes em 2021.
Em 2022, a dívida era avaliada em R$ 10,47 milhões. O Corinthians conseguiu parcelar o valor em 12 vezes, mas, após a inadimplência, o montante saltou para R$ 24,1 milhões devido a juros e multas.