18/11/2021 08:52

[ANÁLISE] Corinthians abdica do ataque, luta pelo 0 a 0 até o fim e acaba castigado

Timão foi goleado pelo líder Atlético-MG e sequer assustou o time B do Flamengo no Rio

[ANÁLISE] Corinthians abdica do ataque, luta pelo 0 a 0 até o fim e acaba castigado
Jogar contra o líder Atlético-MG no Mineirão e uma semana depois visitar o vice-líder Flamengo no Maracanã não eram mesmo desafios tranquilos para o Corinthians nesta altura do Campeonato Brasileiro, mas os jogos eram também oportunidades de se mostrar um time mais imponente.



Para o técnico Sylvinho, enormemente questionado pela Fiel, vencer um destes duelos poderia se tornar um trunfo para obter o apoio popular, algo tão importante à frente de um time de massa.


Mas sete dias depois de levar um baile do Galo ao perder por 3 a 0, Sylvinho perdeu nova chance de mostrar ser capaz de enfrentar um adversário deste tamanho. Numa oportunidade de ouro, que poderia ter encerrado jejum de oito partidas (e três anos) sem vitória contra o time rubro-negro.


Com time quase completo (apenas sem Willian), o Corinthians A enfrentou um Flamengo B no primeiro tempo e praticamente não atacou. Foram 45 minutos de um time reativo. Na etapa final, com Renato Gaúcho colocando alguns titulares em campo, o Timão seguiu apático e foi castigado com o 1 a 0.


A derrota foi vendida por valor alto, saiu só no finalzinho após erro de Gabriel em tentativa frustrada de desarme em Rodinei, e cabeçada certeira de Bruno Henrique. Mas pouco antes, Michael já havia acertado o travessão. Foram 20 finalizações do Flamengo contra cinco do Timão. Não foi um acaso.


A melhor chance do Timão foi também nos minutos finais, com chute cruzado de Róger Guedes que levou perigo para o goleiro Hugo. Durante 90 minutos, porém, o Corinthians se manteve com linha baixa de marcação, suportou a pressão rival e lutou com unhas e dentes para se agarrar ao 0 a 0.


Quando o ataque do Flamengo tinha Vitinho, Vitor Gabriel e Kenedy, a missão parecia possível. Gil e João Victor, em grande noite, defendiam-se como podiam, e Cássio fazia as defesas necessárias. Só que o Fla mexeu com Bruno Henrique, Filipe Luís e Michael e cresceu. Ganhou outro patamar.


Taticamente, Sylvinho apostou no 4-1-4-1 usual. Em relação à vitória por 3 a 2 contra o Cuiabá, a única mudança foi o retorno de Fábio Santos na vaga de Lucas Piton. E para o que se propunha o Corinthians no jogo, a entrada do veterano fez sentido. Ele marcou com eficiência e ajudava na missão 0 a 0.


Com 20 minutos, o esquema do Corinthians sofreu ajuste. Giuliano sentiu dores, pediu para sair, e o técnico apostou em Du Queiroz. Com dois volantes, o Timão se ajeitava num 4-2-3-1, mas que na prática marcava com suas duas linhas de quatro e liberava Jô e Renato das ações defensivas.


O time até chegou a atacar em raros momentos no primeiro tempo e construiu uma linda jogada com passe de Renato para Jô, que cruzou para o meio da área, em decisão equivocada. Mas a bola batia a voltava, deixando claro que o Flamengo era um time muito mais intenso ofensivamente no jogo.



No intervalo, Sylvinho sacou o apagado Gabriel Pereira e apostou na velocidade de Gustavo Mosquito.


O time voltou ligeiramente melhor, mas logo passou a ser atacado com maior volume. Jô deu lugar a Vitinho, que assumiu a ponta esquerda. Róger Guedes foi fazer a função de que não gosta, a de 9. Com Renato cansado, Luan entrou para trazer fôlego novo, mas o cenário era de um time sufocado, que pouco criava e que apenas assistia ao Flamengo lutar pela vitória diante de quase 50 mil pessoas.


E o Fla tanto lutou que conseguiu o seu gol nos acréscimos. O Timão também lutou, mas sua batalha era por um pontinho de honra no Rio de Janeiro. Objetivo que seria celebrado por Sylvinho e pelos jogadores, embora já fosse causar nos torcedores um sentimento de "dava para fazer mais".


No fim, o Corinthians voltou sem nada para casa e com ainda mais pressão na bagagem contra a atual comissão técnica. A sensação é de que o Timão não lutou pela vitória nos minutos em que ela era possível. Com a elevação de nível do Flamengo, a falta de ambição do time acabou sendo punida.


Graças aos tropeços de Bragantino, Fortaleza e Inter na rodada, tudo seguiu igual no miolo da tabela.



Com 50 pontos, o time segue em busca da vaga no G-4 e pode alcançá-lo no domingo caso vença o Santos no último clássico de 2021, na Neo Química Arena. Com a força da Fiel, o Timão tem ido bem nessa reta final de Brasileirão, o que tem sido um alento de esperança. Mas para poder sonhar com dias melhores em 2022, o time precisa usar as grandes oportunidades para provar o seu valor.

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3468 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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Kleber Vellenev     

Abdica do ataque? E quando foi que o Silvinho de merda armou o time para atacar?

Marcos Silva     

TÉCNICO RETRANQUEIRO DA NISSO. TIME SEM RAÇA!!!

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