O plano de carreira do zagueiro Pablo inclui a permanência no Corinthians por um longo período. Aos 25 anos, ele aguarda novo passo da diretoria para exercer a preferência de compra do Bordeaux, da França, dono de seus direitos econômicos. A indefinição não tira o sono do jogador, mas ele espera que a negociação tenha um final feliz.

Pablo está emprestado até o fim do ano pelos franceses, mas uma cláusula no contrato obriga o Timão a confirmar o direito de compra até julho – o valor é de € 3 milhões (quase R$ 10 milhões). Depois do ótimo rendimento neste primeiro semestre, o jogador chamou a atenção de outras equipes e corre o risco de sair.

A diretoria teve uma conversa inicial com o zagueiro, mas aguarda para enviar um representante à França. Pablo e seu empresário, agora, estão por dentro de tudo.

Só tivemos aquela conversa que falei há duas semanas, depois não conversamos mais, mas temos um tempo ainda. Vamos ver o que vai acontecer. Estou feliz. O papel está na mão do Corinthians, que só tem de exercer a opção de compra – disse o zagueiro.
Pablo não tem intenção de voltar ao Bordeaux neste momento. Ainda sonha com a Europa, mas para o futuro. Antes, quer um novo título pelo clube e defender a seleção brasileira. A estrutura do Corinthians também o ajuda a superar uma fibrose na coxa direita, decorrente de uma lesão antiga, que tirou o atleta do jogo contra o Vitória, há dez dias.

Veja abaixo os principais tópicos abordados pelo zagueiro:
Sete jogos nos próximos 23 dias
– Sabemos que vamos ter uma sequência difícil, acreditamos que estamos bem preparados. O Corinthians demonstrou este ano que tem um time qualificado e forte. Estamos nos preparando, demonstramos que em sequências como essa podemos nos sair bem.
Jogou 100% contra o Atlético-GO?
– Esse jogo, como fiquei praticamente 10 dias sem treinar, senti um pouquinho o preparo físico, que é normal. Comecei hoje (terça) a fazer um trabalho de condicionamento novamente. A sequência vai ser tranquila, já joguei jogos assim. Não vai ter problema, não.

Fibrose na coxa
– É muito chato. Não é uma lesão, ela está ali, você tem de esticar, porque ela não tem a elasticidade do músculo. Você tem de forçar, até dar uma elasticidade maior. É isso que tenho trabalhado com o departamento médico, para que não tenha mais nenhum incômodo. Temos trabalhos específicos para isso, para que ganhe essa elasticidade. Tem me ajudado muito. Até sexta-feira eu não ia para o jogo, mas conseguimos fazer um trabalho forte e jogar.

Corinthians briga por título brasileiro?
– Acredito que sim, temos um elenco forte. Campeonato Brasileiro é muito longo, precisamos de um grupo forte. Quanto mais jogadores de qualidade, melhor. Trouxe agora o Clayson, que vai nos ajudar muito. O Corinthians tem uma grande chance de buscar esse título.

Amizade com Malcom, ex-Corinthians, hoje no Bordeaux
– Malcom é meu parceiro, meu amigo, estivemos com ele na sexta-feira passada. Fomos ao apartamento dele, fizemos um churrasquinho, batemos um papo. É um cara que vou levar para o resto da vida. Não falamos sobre permanência ou não. Pelo que eu conheço, ele quer que eu esteja feliz. Preza pela felicidade. Ele quer minha felicidade.

Seleção brasileira
– Com certeza está na cabeça. Acho que todo atleta profissional que pensa grande, tem de pensar em seleção brasileira. Tenho trabalhado e me esforçado, mantendo uma regularidade boa, mas ainda é um começo. São quatro meses de trabalho no Corinthians, vou continuar trabalhando, espero que um dia o Tite pense no Pablo, do Corinthians, e ele fique ainda mais feliz no Brasil.