3/4/2017 18:19

Não há como clonar um time

Não há como clonar um time
Atualmente, para muitos especialistas brasileiros, o Chelsea, dirigido pelo italiano Antonio Conte, é a equipe “perfeita” no futebol mundial. Eles explanam sobre o 3-4-3 – este não é a formação que o time londrino usa durante todo o jogo, mas virou moda dizer que é - implantado pelo treinador, que faz o time ser compacto na defesa, ter o domínio na zona central, contarum ataque poderoso e liderar com folga o Campeonato Inglês.

Por isso, aqui no Brasil, não foram poucos os treinadores que tentaram implantar esse estilo de jogo neste começo de temporada e que se deram mal. Só “organizaram” times expostos na defesa, sem marcação na zona central e ataque com jogadores isolados.

A razão do fracasso dos clones do Chelsea por aqui é bem simples: é impossível copiar exatamente o que um outro time faz. E por uma razão que é muito simples: os jogadores não são os mesmos. Por exemplo, nos nossos times não há atacantes de origem, como Moses e Pedro, que façam a função de alas, ou seja, atacam, pressionam o lateral adversário quando o time tem a bola e ajudam na marcação, isso durante o jogo todo e não uma vez ou outra. E por aí vai. Poderia falar das funções do Kanté, Hazard, Marcos Alonso, do posicionamento dos três zagueiros...

O que é mais interessante é observar o que o Chelsea faz quando está atacando. Como por exemplo, a saída de bola com os zagueiros, a posição dos homens de frente, o uso das laterais do campo, com as constantes viradas de jogo para surpreender a marcação, e como o time consegue tocar a bola com rapidez e desenvoltura entre as duas linhas de defesa do adversário. No setor defensivo, o time é muito coordenado e se fecha rápido quando o rival toma a posse de bola e há um sistema de cobertura muito eficiente.

Tudo isso que descrevi nos dois últimos parágrafos é muito mais importante do que apenas usar o 3-4-3 - para ser considerado moderno - e com um pouco de treino pode ser implantado em qualquer time, independentemente do esquema utilizado.

Aqui, cabe escrever o que serve de referência ou o que é a tentativa de cópia. As viradas de jogo se enquadram como modelo de forma de jogo. Temos a tentativa de cópia quando é pedido para alguns – ou até todos - jogadores que eles repitam exatamente tudo os que os atletas do Chelsea realizam habitualmente, por exemplo.

Outra coisa que tentamos copiar e fazemos errado é um time ficar com a posse de bola durante a maior parte do jogo. Uma coisa era o Barcelona, treinado por Guardiola, com Inesta e Xavi ditando o ritmo do time com passes precisos e em profundidade, outra são os nossos times que ficam com a posse de bola, mas não evoluem. Há troca de passes, muitos deles entre os zagueiros, mas o time não consegue furar o bloqueio do adversário, isso quando o time, depois de trocar 80 passes, não entrega a bola para o adversário depois de um lançamento precipitado. O próprio Barcelona, depois de algumas derrotas em competições importantes, também já deixou o estilo só de toque de bola e é hoje um time que busca o ataque usando a velocidade e contundência do trio formado por Messi, Suárez e Neymar.

Muitas vezes, apenas a saída de um craque já desmonta a forma de um time jogar e não há com seguir no mesmo ritmo. A Holanda, vice-campeã na Copa de 1978, mesmo tendo praticamente o mesmo time da Copa da Alemanha (1974), nem de longe lembrou o time que encantou o mundo quatro anos antes, que ficou conhecido como “Laranja Mecânica” ou “Carrossel Holandês”. Sem a presença do craque Cruyff, a Holanda no mundial disputado em gramados argentinos, mesmo sendo vice-campeã, foi um time estático e pragmático, com pouca movimentação e que se salvou em algumas partidas com chutes de longa distância e cruzamentos para a área.

Nas cópias de esquemas que funcionaram por um algum tempo, nossos treinadores destruíram o 3-5-2, por exemplo. O esquema dinâmico e ofensivo, com a utilização de alas e ocupação da faixa central, se tornou sinônimo de retranca, pois aqui foi usado o 5-3-2, tirando algumas exceções, como Vadão, no Mogi Mirim, no início dos anos 1990, e Tite, no Grêmio que conquistou a Copa do Brasil de 2001. Agora, alguns técnicos, seguindo o que acontece no futebol do Velho Continente, usam jogadores abertos pelas pontas. Só que aqui, eles marcam os adversários que jogam pelo lado do campo, mas pouco se deslocam, deixando os atacantes centrais isolados e ainda atrapalham o avanço dos laterais.

Repito: não há como clonar um time de futebol, ou usar o esquema da moda para ter sucesso, por isso, um treinador só pode ser considerado realmente bom, quando acha a melhor escalação e a formação tática com o elenco que tem para formar um time vitorioso. Assim, Conte faz sucesso no Chelsea e Tite ressuscitou a seleção brasileira.


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aqui e corinthians n e chelsea n porra fala do corinthians

só mudaram os nomes kkkkkk

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