13/6/2016 08:15

Cuca ousado, Tite nem tanto: como o Dérbi se decidiu a partir dos técnicos

Técnico do Palmeiras vai bem em mudanças para o segundo tempo e vê time vencer o Corinthians por 1 a 0. Comandante alvinegro fica na bronca com a arbitragem

Cuca ousado, Tite nem tanto: como o Dérbi se decidiu a partir dos técnicos
A polêmica que envolveu a arbitragem do Dérbi no último lance do jogo deste domingo não apaga o que se passou nos 90 minutos anteriores. O Palmeiras foi mais time do que o Corinthians e mereceu a vitória por 1 a 0 neste domingo, em seu estádio. A chave do resultado foi a troca de Róger Guedes por Cleiton Xavier, no intervalo. Um clássico que se desenhou a partir das decisões tomadas no banco de reservas.

Cuca mostrou mais ousadia e repertório no clássico e não hesitou em atacar. Tite esteve mais pilhado, discutiu com o árbitro Raphael Claus no primeiro tempo e reclamou de uma falta marcada de Felipe em cima de Fernando Prass – Bruno Henrique faria o gol na sequência. Mais conservador fora de casa, o corintiano não viu resultado em suas alterações.

Um Palmeiras com fome, mordendo desde o início, enfrentou um Corinthians apático e às vezes até desinteressado, cenário parecido com o do Dérbi de dois meses atrás, pelo Campeonato Paulista, também vencido pelos alviverdes. Cuca parece ter o número de Tite: conseguiu mais uma vez bloquear as principais jogadas do adversário.


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O jogo

Palmeiras e Corinthians começaram espelhados e se anularam. Ambos com dois volantes, um meia centralizado, dois jogadores abertos e um atacante de movimentação, atuando mais perto da área. Responsáveis pela armação das duas equipes, Moisés e Guilherme ficaram escondidos no primeiro tempo porque não conseguiram sair da marcação dos volantes adversários.


Palmeiras e Corinthians espelhados no primeiro tempo: meias foram impedidos de criar e ficaram encurralados

Poucas chances efetivas foram criadas. A melhor delas quando o Palmeiras teve um elemento surpresa, Tchê Tchê, que se infiltrou entre os volantes e enfiou bela bola para Gabriel Jesus. O atacante demorou a bater e foi travado na hora do chute.

Ainda que de maneira tímida, o Palmeiras mostrou no primeiro tempo que poderia tomar conta do jogo. O Corinthians esteve travado, com poucos avanços de Fagner e Uendel. É por isso que Róger Guedes e Dudu foram tão importantes na primeira etapa: a dupla causa preocupação nos laterais corintianos e impede que eles saiam ao ataque com conforto.

A mudança-chave veio após o intervalo: Cleiton Xavier substituiu Róger Guedes e deixou o Palmeiras mais insinuante, com Tchê Tchê quase atacante, aberto pela direita, e Moisés recuado. Atuando como segundo volante, ele se livrou do encaixe com Cristian e Bruno Henrique e pôde contribuir com maior efetividade.

Logo aos dois minutos, o resultado: Moisés recebeu de Dudu pela esquerda e se infiltrou na área como elemento surpresa. Sozinho, chutou para grande defesa de Walter. No rebote estava Cleiton, sozinho, para marcar de cabeça quase da pequena área

Cuca não teve medo de colocar seu time à frente. Só deu Palmeiras no segundo tempo: foram 15 finalizações, contra sete do maior rival. A posse de bola nem foi tão grande: 54%, contra 46% do rival. A diferença é que boa parte da posse corintiana foi no campo de defesa.

Tite pareceu não ter soluções imediatas. Lançou Danilo, como havia feito contra o Coritiba – naquela ocasião, porém, era preciso abrir uma retranca adversária. Desta vez, havia opções mais velozes no banco, casos de Marlone, Lucca, Romero... Minutos depois, só colocou Maycon em campo porque Cristian se lesionou. No fim, André substituiu Luciano. Uma bola na trave de Guilherme foi o único lampejo de um time que vinha de quatro vitórias seguidas.

A polêmica
Aos 48 minutos do segundo tempo, Raphael Claus marcou falta de Felipe em Fernando Prass após disputa pelo alto. Na sequência do lance, Bruno Henrique fez um gol. A indignação dos corintianos foi desproporcional em campo. Em entrevista coletiva, Tite criticou a arbitragem, mas reconheceu os méritos do Palmeiras.

O Dérbi bem jogado mostrou que os rivais vão continuar brigando na parte de cima da tabela. O Palmeiras tem mais opções de mudança no banco de reservas, mas o Corinthians, muito bem treinado, não costuma ter um desempenho tão abaixo da média como neste domingo.

A tendência é de que no encontro do segundo turno, marcado previamente para 18 de setembro, os rivais protagonizem mais um Dérbi que vale briga pelas primeiras posições do Brasileiro. Quem sabe uma final antecipada?


Mudança de Cuca dá resultado no segundo tempo: Palmeiras envolve Corinthians e vence em sua casa


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