Novos companheiros perceberam que Willians não costuma aliviar (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Willians recebeu tantos cartões vermelhos no Campeonato Brasileiro quantos amarelos viu Ralf. Contratado como substituto daquele que jamais foi expulso em seis temporadas de Corinthians, o volante de 30 anos falou em mudar na sua quarta década de vida, embora veja perseguição dos juízes.

“É sempre bom conversar com o treinador sobre isso”, disse o reforço, já ciente de que o novo chefe repete insistentemente a palavra “lealdade” e chega a colocar o prêmio “fair play” como objetivo. Ele está aprendendo a treinar sem caneleiras, norma de Tite para evitar violência.

“Tenho, sim, um poder de marcação muito forte. Fui muito marcado pelos árbitros no ano passado, mas vou procurar, sim, melhorar. Não me comparando ao Ralf, que é um ídolo do Corinthians. É o Willians que está chegando. Quero fazer a minha história”, comentou o paulista da Praia Grande.

Diante da insistência no assunto, ele previu uma transformação. “A gente tem que mudar. Fiz 30. Com a experiência, ano a ano, você tem a possibilidade de mudar. Vou sentar com o treinador e ver o que ele pode explicar. Tenho muitos amigos árbitros também. Espero poder mostrar ao Corinthians quem é o Willians.”

O reforço preferiu não apontar a posição exata em que atuará por ainda não ter conversado profundamente com Tite. Mas a ideia do gaúcho é mesmo que ele seja uma opção de marcação mais forte para a cabeça da área. O titular é o técnico Bruno Henrique, que não tem o combate como principal característica.