O Corinthians fez uma reclamação formal à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra a punição ao Palmeiras, em virtude dos gritos homofóbicos de torcedores alviverdes contra Romero, no Dérbi válido pelo Brasileirão. Em carta com assinatura do presidente interino Osmar Stabile e de Leonardo Pantaleão, que tem atuado como consultor jurídico nesta transição após o impeachment de Augusto Melo, o clube considerou a pena branda, tendo como exemplo o próprio castigo recebido pelo Corinthians em outra ocasião.
Em 2023, o Timão perdeu um mando de campo por gritos homofóbicos de torcedores na Neo Química Arena contra o São Paulo. O clube atuou com portões fechados na partida contra o Vasco. O Palmeiras, por outro lado, acabou multado em R$ 80 mil pelo tribunal, em decisão publicada nesta sexta-feira. A informação do comunicado do Corinthians para CBF e STJD foi publicada pelo Meu Timão e confirmada pelo ge.

No ofício, o Corinthians cita “preocupação e inconformismo” com a decisão tomada contra o arquirrival. – O Sport Club Corinthians Paulista reitera sua confiança nas instituições desportivas nacionais, mas, ao mesmo tempo, entende ser seu dever institucional externar publicamente sua discordância quanto aos critérios adotados no caso em tela, esperando que, no âmbito recursal ou em futuras decisões, a Justiça Desportiva possa reafirmar, com firmeza e coerência, seu compromisso com o combate à discriminação no esporte em todas as suas formas – diz o Corinthians no ofício enviado.
O clube ainda classifica o ato de "gravidade do episódio e a reincidência do clube infrator” para questionar o castigo limitado a uma multa. O Corinthians ainda diz que a punição financeira a um ato de discriminação contra um atleta é “inadequada”.