Vencer no futebol é sinônimo de sobrevida. E conseguir uma vitória em um momento turbulento fora de campo vale mais do que três pontos. Significa tranquilidade e blindagem para a sequência de um trabalho. Contra o Atlético-GO, o Corinthians caminhava para uma vitória ao seu estilo : futebol pouco vistoso e muito sofrimento. Depois de ter dois gols de vantagem, o Timão cedeu o empate por 2 a 2 nos minutos finais e ampliou a crise de fora para dentro de campo. O time venceu apenas uma vez em oito rodadas no Brasileirão. O empate fora de casa, mesmo com um jogador a menos em campo durante a maior parte do jogo, pode ser considerado ruim. O Corinthians demonstrou fragilidades defensivas, a dependência em um goleiro que está prestes a sair e falta de calma para segurar o resultado.
O saldo do primeiro tempo foi positivo. Mesmo jogando mal, o Corinthians foi para o intervalo vencendo por 1 a 0, mas com um jogador a menos após a expulsão de Gustavo Henrique. Na etapa final, Yuri ampliou o placar, mas Cacá marcou contra e recolocou os donos da casa na partida. A pressão final do Atlético-GO surtiu efeito. Hugo cometeu pênalti nos minutos finais, Shaylon cobrou e garantiu o empate comemorado como vitória pelos donos de casa. O resultado tirou momentaneamente o Corinthians da zona de rebaixamento. São seis pontos em oito rodadas, mas em um cenário complicado para a sequência da competição.
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No domingo, na Neo Química Arena, o Corinthians recebe o São Paulo, que não carrega mais a pressão de nunca ter vencido em Itaquera depois de encerrar o jejum no Campeonato Paulista. De saída, mas ainda presente Carlos Miguel avisou que vai deixar o Corinthians para defender o Nottingham Forest. Apesar disso, começou a partida entre os titulares contra o Atlético-GO. A decisão que poderia ser questionada, com justiça, ganhou em dois minutos um importante álibi para António Oliveira defender a sua escalação.
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Em cabeceio de Baralhas na segunda trave, Carlos Miguel fez grande defesa e evitou a precoce abertura no placar. O goleiro ainda fez outras importantes intervenções que ajudaram o Timão a administrar o resultado até o intervalo. Entre uma defesa e outra de Carlos Miguel, que salvou a atuação muito ruim da defesa na primeira etapa, o Corinthians conseguiu abrir o placar. Aos 14 minutos, Yuri Alberto recebeu bom passe de Cacá, conseguiu driblar o marcador e bater no canto de Ronaldo para colocar o Corinthians em vantagem.
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E o gol foi fundamental e fez bem aos visitantes. Com mais tranquilidade e com raros lances ofensivos, o Corinthians conseguiu levar a vantagem para o intervalo mesmo tendo tido menos posse de bola, finalizações e precisão nos passes. O que realmente vale, a bola na rede, foi o quesito liderado pelo Timão contra o Atlético-GO.
A expulsão de Gustavo Henrique aos 34 minutos do primeiro tempo poderia ser um indício de sofrimento, daqueles jogos tão comuns no cotidiano do torcedor do Corinthians . António Oliveira segurou a mudança no primeiro tempo, mexeu no início da etapa final e viu o time ampliar o placar. Aos 16 minutos, Wesley começou a jogada e abriu para Rodrigo Garro. O meia argentino, quase desequilibrado, conseguiu o passe para Yuri Alberto, que bateu de primeira e marcou um golaço.
O gol que parecia ser o do alívio. A paz demorou pouco mais que o tempo de preparar um macarrão instantâneo. Quatro minutos separaram o gol de Yuri e o gol contra de Cacá, que tentou desviar cruzamento e enganou Carlos Miguel. Nos minutos finais, virou ataque contra defesa. Recuado, o Corinthians viu Vagner Love perder duas grandes chances de empatar a partida. Carlos Miguel, assim como no início do jogo, teve papel fundamental para evitar o resultado negativo. Nos minutos finais, Hugo cometeu pênalti e jogou tudo por água abaixo. Shaylon cobrou no meio do gol e garantiu o empate ao Atlético-GO. Sabor amargo para o Corinthians , gostinho de vitória para os goianos. O que poderia ser um resultado transformador na sequência do Corinthians no Brasileirão agora se torna mais um inimigo às vésperas do clássico contra o São Paulo.