26/5/2021 12:00

Conheça as ideias de Sylvinho e veja o que ele fez até voltar ao Corinthians

Profissionais que trabalharam com o treinador falam o que a torcida pode esperar dele

Conheça as ideias de Sylvinho e veja o que ele fez até voltar ao Corinthians
Contratado no último fim de semana e apresentado nesta terça, Sylvinho fará sua estreia no comando do Corinthians no próximo domingo, contra o Atlético-GO, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Abaixo, o ge mostra como pensa e disseca os principais pontos da carreira do treinador.



Foram seis experiências como auxiliar e uma como técnico antes de assumir o Timão. Como auxiliar, Sylvinho trabalhou com Vagner Mancini no começo de sua carreira e também esteve com Tite no Corinthians e na seleção brasileira. No Timão, ficou um ano com Mano Menezes.


Passagem pela seleção brasileira

A experiência mais marcante para Sylvinho como auxiliar técnico foi na seleção brasileira. De 2016 a 2019, ele trabalhou ao lado de Tite. E comandaria a equipe olímpica se não tivesse pedido desligamento para assumir o Lyon.


Na Seleção, Sylvinho dividiu funções com os também auxiliares Matheus Bachi e Cleber Xavier. O filho de Tite detalha as qualidades que vê no novo treinador do Corinthians.


"O Sylvinho é um cara na maioria das vezes sério, mas tem também momentos bem divertidos, sempre com uma ou outra tirada. Em relação ao trabalho, é um cara muito detalhista, atento aos movimentos e às situações de jogo, à análise do adversário e da própria equipe. E ele consegue transferir isso para o campo com muita energia, consegue fazer com que o trabalho flua bem dentro e fora do campo com esse modo mais enérgico que ele tem", disse Matheus.


"Acredito que ele vai trazer uma mentalidade vencedora, que trouxe do futebol de fora. A torcida do Corinthians vai ficar muito contente com a maneira de conduzir o trabalho, concluiu.



Por que não deu certo na França?

O único período de Sylvinho como técnico foi em 2019, quando comandou o Lyon, da França, por 11 jogos, com três vitórias, quatro empates e quatro derrotas.


Para tentar entender o que não deu certo nesse curto momento da carreira, o ge conversou com Eric Frossio, correspondente do jornal francês L’Équipe no Brasil.


"Faltou um pouco de tempo e paciência da diretoria do Lyon para trabalhar mais. E faltou experiência a ele para conseguir dominar o Campeonato Francês, que ele estava descobrindo. Não conhecia a língua e os jogadores. Parecia que ficava muito nervoso, pedindo muito aos jogadores, e os franceses não costumam trabalhar muito. De repente, esse rigor, essa raça, não pegou muito bem. Logo depois do início, a magia começou a estragar", analisou Eric.



Os números de Sylvinho pelo Lyon, na França:

11 jogos
3 vitórias
4 empates
4 derrotas
17 gols marcados
10 gols sofridos

As coisas começaram muito bem para Sylvinho na França. Em dois jogos, seu time marcou nove gols e não sofreu nenhum, vencendo o Mônaco e o Angers por 3 a 0 e 6 a 0, respectivamente. O trabalho começou a desandar a partir do terceiro jogo, quando perdeu por 1 a 0 para o Montpellier.


De 27 de agosto 28 de setembro, disputou sete jogos e não venceu nenhum. Em um mês de jejum, teve quatro empates e três derrotas. Voltou a vencer em 2 de outubro, batendo o RB Leipzig por 2 a 0 na fase de grupos da Liga dos Campeões, mas acabou perdendo por 1 a 0 no jogo seguinte, para o Saint-Étienne, findando sua passagem pela França.


"É difícil passar ideias e conceitos sem dominar a língua. Ele estava aprendendo francês. Conseguia falar apenas algumas palavras, mas teria que ficar pelo menos seis meses. O grupo tinha brasileiros, mas a maioria era de franceses. Não foi comum a demissão. Principalmente no Lyon, onde o técnico fica dois, três, quatro anos", ampliou o jornalista.


"A torcida estava muito empolgada com a chegada do Juninho (Pernambucano, como diretor). Tudo o que ele fazia era bem visto. Como apostou no Sylvinho, a torcida abraçou a ideia. Como não foram bons os resultados, o Juninho se sentiu na obrigação de dar uma resposta à torcida e o demitiu. A diretoria reagiu bem rápido, acho que a torcida estava com vontade de aguardar", encerrou.


Ideias de jogo

Com passagem como auxiliar também pela Inter de Milão, da Itália, Sylvinho usou sua coletiva de apresentação no Corinthians para falar um pouco sobre suas ideias de jogo. O treinador disse que pretende usar uma linha de quatro defensores e destacou a importância de o atleta entender o sistema de jogo proposto para poder executá-lo.


"Gosto de linha de quatro, conheço o sistema, domino as funções. Podemos trocar sistemas, é algo que ocorre. Os atletas me conhecem. Faz parte da história do Corinthians a linha de quatro. A garra e a raça são marcas desse clube. Não será difícil implementá-las e potencializá-las".



Em seus 11 jogos no Lyon, Sylvinho começou sete com um 4-3-3 ofensivo. Em um, jogou no 5-3-2; em outro, no 4-4-2. Também usou o 3-4-1-2 em sua partida de despedida e já havia usado o 3-5-2 em um dos jogos do campeonato local.


"O sistema tático não define se o time é ofensivo ou defensivo, mas sim as peças e o que queremos potencializar. Eu domino o sistema de quatro, fui criado assim. O 3-4-1-2 e o 3-5-1, além de outros sistemas com três, também dominamos. Precisamos entender o que potencializa o time e os jogadores. Não gosto de variação de sistema, não trabalho assim. Entendo que o atleta treinado tem as distâncias e percepções de treino para levar para o campo com tempo de trabalho. A variação causa distâncias diferentes, o que gera atraso. Eu gosto da linha de quatro, mas não está fora de cogitação trabalhar com linha de três em algum jogo pontual", disse Sylvinho.


"Fujo de nomenclaturas. Nosso time é um time que luta, compete, entra no jogo. Sincronizar movimentos não é simples, o futebol é complexo, maravilhoso. O nosso time vai entrar, organizar, lutar, jogar, brigar e disputar. Essa é a nossa característica".


Identidade corintiana

Sylvinho recebeu das mãos do presidente Duilio Monteiro Alves a camisa 6 do Corinthians. O ex-lateral-esquerdo foi formado no Parque São Jorge e conquistou três vezes o Paulistão (1995, 97 e 99), além do Brasileirão (1998) e da Copa do Brasil (1995). Foi auxiliar de Tite no clube em 2013 e de Mano Menezes no ano seguinte, em 2014.



"Em alguns treinamentos, a gente dividia o elenco em defesa e ataque, então o Carille e o Sylvinho cuidavam da parte defensiva, e eu da ofensiva. Depois, aqui na Seleção, o Fernando (Lázaro) e o Sylvinho cuidavam da parte defensiva, e eu e o Matheus cuidávamos da ofensiva", comentou Cleber Xavier, auxiliar de Tite na Seleção.



Foram cinco anos de categorias de base como jogador (1990 a 1994), outros seis anos no time profissional, ao ser promovido com 20 anos (de 1994 a 1999) e dois anos como auxiliar-técnico. São 13 anos de Corinthians.


O currículo

Sylvinho possui a licença da UEFA PRO, nível máximo de capacitação dos treinadores na Europa, além de ter concluído as licenças B e A da CBF. Foram seis experiências como auxiliar-técnico e uma como técnico. Confira todas abaixo:



2011/12 - Cruzeiro (auxiliar-técnico)
2012 - Sport (auxiliar-técnico)
2013 - Náutico (auxiliar-técnico)
2013/14 - Corinthians (auxiliar-técnico)
2014/16 - Inter de Milão (auxiliar-técnico)
2016/19 - Seleção brasileira (auxiliar-técnico)
2019 - Lyon (treinador)

#corinthians #timao #alvinegro #sylvinho #treinador


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2340 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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Antônio Sousa     

Gostei do jogo mais precisarmos melhorar

Giovane Cruz     

Ja deu certo sylvinho traz com ele a era tite.mas o time precisa muito de um camisa 10 para fazer a bola chegar no ataque.

Luiz Correia     

SILVINHO. .VAI. DAR. CERTO NO CORINTHIANS ...MAZ.TEM QUE CONTRATAR. .PELO MENOS 3 ATACANTES. MATADOR ...

Antonio Virginio     

Deus o abençoe em sua caminhada mais ssiba que vai precisar de alguns reforços

Edynaldo Leite     

Cai antes do fim do primeiro turno

Messias Silva     

Quero muito que dê certo,porem com o elenco que tem nao vai conseguir muito,precisa urgente de um 9 e um 10 de qualidade

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