De acordo com um aviso do técnico Vagner Mancini, a recusa do jogador em atuar pelo sub-23, quando já não vinha sendo aproveitado no time de cima, foi determinante para ele sair dos planos.

O segundo episódio da série Acesso Total, do Sportv, foi o que deu alguns detalhes do afastamento de Matheus Davó dos treinos no Corinthians.

"O Davó não está aqui porque ele se negou a jogar pelo sub-23, tá? Era para ele e o Roni descerem, ele se negou e por isso ele não está com a gente", disse Mancini ao elenco antes de um treino.

Roni havia descido para atuar em um jogo em novembro, mas, a essa altura, Davó era titular da equipe. A ocasião a que se refere Mancini, por tanto, foi no duelo entre os Aspirantes e o Red Bull, no dia 17 de dezembro, que também teve Roni no grupo.

"Por mais que seja um ambiente bom de trabalho, tem hora que você tem que se impor, tem que mostrar que você é quem está à frente", continuou Mancini em entrevista. As imagens também mostraram conversa do então presidente Andrés Sanchez com Davó, que terminou em um abraço dele com o jogador.


Problema foi escalando

O último jogo de Davó pelo Corinthians foi diante do Grêmio. Naquela noite, quando a equipe ainda estava com 11 em campo, Mancini se irritou. "Davó, pelo amor de Deus, faz a p... da leitura tática do jogo", esbravejou no banco de reservas. O atacante não se posicionava como o treinador gostaria diante da postura adversária.

O jovem permaneceu no jogo por apenas 34 minutos, sendo substituído por Bruno Méndez - uruguaio foi colocado para preencher o buraco deixado com a expulsão de Marllon. Foram seus últimos momentos em campo...

Na sequência, Davó foi relacionado para os jogos contra Coritiba e Fortaleza, mas permaneceu no banco de reservas. Veio, então, o duelo com o São Paulo, o 'crash' do atacante com Mancini. Foi na preparação daquele clássico que o filme do jogador queimou.

No treino tático de quarta-feira, quatro dias antes do Majestoso, Davó foi escolhido pelo treinador para ser um dos 11 titulares. O treinador tinha a ideia de colocar alguém veloz na frente para pegar o rival desprevenido nos contra-ataques.

Após passar sua ideia tática numa lousa, a bola rolou. O treino começou e Davó não cumpriu o combinado. Veio uma nova orientação de Mancini, uma espécie de segunda chance. E, novamente, o jovem não fez a leitura tática.

A paciência acabou. Mancini, então, trocou Davó por Léo Natel. E assim seguiu... nos treinos de quinta, sexta e sábado. No domingo, Davó sequer foi relacionado para o duelo com o São Paulo. O jovem foi de possível titular a nem relacionado.

Vieram os jogos contra Goiás, na Neo Química Arena, e Botafogo, no Rio de Janeiro, e novamente Davó ficou fora da lista dos relacionados elaborada pelo treinador. Depois de se recusar a entrar em campo pelo sub-23, ele acabou afastado de vez das atividades.






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