1/6/2020 09:13

"Riscar o 1º fósforo": como as organizadas saíram em defesa da democracia

Torcedores de diversos grupos organizados dos quatro clubes paulistas mais tradicionais —Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo — ocuparam parte da avenida Paulista durante a tarde deste domingo (31). Membros de torcidas mais conhecidas e braços antifascistas se uniram em marcha pela defesa da democracia. Estima-se que havia entre 2 mil e 4 mil no movimento.



O ato reuniu membros da Gaviões da Fiel, Mancha Alviverde, Independente, Torcida Jovem do Santos, Palmeiras Antifascista, Democracia Corintiana, e Porcomunas, além de outros grupos. A manifestação, que levantava bandeiras democráticas e também assimilou pautas contra o Governo Federal, terminou por volta das 14h, quando a Polícia Militar de São Paulo disparou bombas de efeito moral e balas de borracha.

"A gente nota na torcida que a paciência esgotou. Causa revolta ver o presidente falar de 'gripezinha' e de 'cloroquina'. Não é uma posição oficial da Gaviões, mas grande parte da torcida está revoltada. Foram 12 sócios mortos por Covid-19... Não é só com nota oficial que se pode reagir a esse ataque diário contra a democracia", comentou Chico Malfitani, um dos fundadores da Gaviões de Fiel e presente na manifestação.

"Nossa ideia agora é ser um 'gatilho de pólvora'. É riscar o primeiro fósforo, já que os partidos de oposição e movimentos populares não se manifestam. Entendemos que tem pandemia, mas chega uma hora que temos que mostrar que o povo quer democracia. Nós somos 70%. Não é possível que 30% vão impor vontade de ditadura militar. A Gaviões foi fundada na ditadura, sabemos o que é isso", acrescentou.

O grupo responsável pelo protesto reúne diversas lideranças e membros de movimentos organizados do futebol — sem barreiras por suas preferências clubísticas. Em tempos de pandemia por novo coronavírus, o diálogo é realizado por intermédio das redes sociais e quer abranger o máximo possível de torcedores.

"Para a gente era uma questão de autoafirmação. Pensamos que precisávamos ir, e surgiu a ideia entre os grupos. Alguns já estavam falando com pessoal da Democracia Corintiana de fazer este protesto e alinharam. A ala da Gaviões sabia que iríamos. Tinha data e horário, quando chegamos lá tinham umas 3 mil pessoas", relatou Gabriel Santoro, palmeirense presente no ato deste domingo.



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