Por Iúri Medeiros o Corinthians teve mais uma atuação abaixo da crítica na última terça-feira. No revés para os reservas do Argentinos Jrs., a equipe comandada por António Oliveira se mostrou frágil na defesa e inoperante no ataque. Logicamente, como o auxiliar Bruno Lazaroni destacou em coletiva de imprensa, o gol sofrido logo aos dois minutos de jogo destruiu o planejamento que a comissão técnica tinha para a partida.

Vale citar que novamente Cássio falhou e deu sequência ao seu momento complicado na temporada. Mas, mesmo com o gol sofrido que não estava nos planos, o Corinthians tinha que mostrar mais contra o time alternativo do Argentinos Jrs. A equipe se mostrou espaçada, pouco competitiva ao defender, e sem ideias para atacar.

No segundo tempo, o Timão conseguiu piorar e não respondeu bem às alterações de António Oliveira. O time seguiu perdido na marcação e só teve Wesley como alternativa ofensiva. Ter o garoto como único escape para ganhar metros no campo rival é um vício que o Corinthians adquiriu ao longo da temporada.

A expulsão irresponsável de Raul Gustavo, que empurrou um dos bandeirinhas, praticamente enterrou qualquer chance de reação do Timão em Buenos Aires. O desastre individual e coletivo que foi o Corinthians contra o time alternativo do Argentinos Jrs. precisa gerar uma reflexão interna.

O time não vence e não marca gol há quatro compromissos, somando todas as competições. Isso não pode, de forma alguma, ser normalizado. Soma-se o momento crítico dentro de campo com a crise política que assola o Parque São Jorge, e temos a receita completa para o desastre.

Por mais que o futebol tenha "vida própria", é evidente que o clima quente nos bastidores do clube chega ao CT Dr. Joaquim Grava. É hora do Corinthians recalcular sua rota, dentro e fora de campo, enquanto há tempo.