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O Corinthians comemora 20 anos de uma conquista inesquecível para a Fiel Torcida. Para relembrar esta data, o ex-jogador Dinei deu entrevista. Parte daquele elenco, que foi formado no Terrão alvinegro, relembrou fatos e também histórias interessantes.
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O Corinthians precisou vencer o Atlético-MG em três duelos. Com uma vitória para cada lado e um empate sem gols, o Timão ficou com o título por conta do saldo de gols.
"A gente já tinha um time bom em 98 quando nós fomos campeões brasileiros, até que na final eu destruí os jogos contra o Cruzeiro. Aí em 99, eu acho que o time virou mais uma seleção. Porque aí veio o Dida e o Luizão, que fez os dois gols contra o Atlético-MG. Aí nosso time ficou mais forte. Até então em 98, nós não tínhamos aquele centroavante matador. Porque sempre jogava o Mirandinha ou Didi de centroavante. Eu jogava na posição errada, né? Eu jogava só na posição do Edilson. Eu ia jogar como? Tanto que eu jogava de 9 como de meia também. Só que o Luizão veio nessa falta de um centroavante de área. E o Dida veio porque é o Dida né", disse Dinei.
O ex-jogador do Timão também relembrou como foram aqueles jogos decisivos contra o Atlético-MG.
"Eu acho que foi diferente de 98. Em 98, foram três jogos também com dois empates e uma vitória. E eu destruí eles né. Mas em 99, a gente já começou perdendo de 3 a 2, até que o Rincón se machuca. Aí a pressão já veio para nós, com os dois jogos aqui no Morumbi. Mas nosso time era muito malandro junto. Por isso a gente terminou em 98 e 99 em primeiro lugar. Porque antes era primeiro a oitavo. A gente sabia que tínhamos uma força muito grande dentro do Morumbi. E a gente jogava de igual para igual, tanto dentro ou fora de casa. No segundo jogo, no Morumbi, o nosso herói foi o Luizão, que fez dois gols e ainda foi expulso. Por isso que eu falei que com ele e o Dida nosso time ficou uma seleção. Ah, e o terceiro jogo foi 'punk'. Terceiro jogo foi 0 a 0 e quem ganhasse era campeão. Mas foi um jogo complicado", explicou.
Dinei relembrou uma história inusitada sobre a campanha do Timão naquele Brasileiro.
"Foi contra o São Paulo. A gente sempre fazia um samba lá no fundo. E tem a música do Reinaldo, que Deus o tenha em um bom lugar, pois ele partiu esse ano, a Retrato Cantado. Antes de a gente parar o ônibus, a gente começava a cantar: 'Pra finalizar, resumindo essa história, esse é o Retrato Cantado...' E nisso nós esquecemos de cantar e fomos para o vestiário. Aí o Edílson falou: 'pai, nós esquecemos aquela música, vai dar azar'. Pô, nós todos trocados para aquecer. A gente volta tudo para o ônibus e os repórteres perguntando onde aqueles caras iam, mas nós voltamos para o ônibus e cantamos essa música. Tudo doido, ninguém entendia nada", revelou Dinei.
No Corinthians, Dinei disputou 194 jogos.
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