4/7/2016 11:08
Campeão invicto! A trajetória do Corinthians na inédita conquista da Copa Libertadores em 2012
Ao conquistar a Libertadores de forma invicta, Timão repetiu façanha feita apenas cinco vezes antes na história e nenhum time jogou tanto para isso: 14 partidas, oito vitórias e seis empates
Ser campeão da Libertadores pela primeira vez na história já não seria uma simples conquista para o Corinthians. Mas em 2012, há quatro anos, o Timão soltou o grito da garganta de forma épica, conquistando a competição sul-americana de forma invicta. Para mensurar o tamanho do feito, apenas cinco times tinham alcançando a façanha até então, sendo que a última vez havia acontecido em 1978, com o Boca Juniors. Ainda assim, nenhuma equipe jogou tanto quanto o Alvinegro do Parque São Jorge para ser campeão invicto. Em 14 jogos disputados, o Timão venceu oito e empatou seis, com 22 gols marcados e apenas quatro sofridos.
A Copa Libertadores de 2012 começou do jeito que o corinthiano gosta. Sofrido, com gol no último lance da partida. No dia 15 de fevereiro de 2012, o Timão visitou o Deportivo Táchira na Venezuela. Após sair atrás no placar, Ralf empatou o jogo aos 48 minutos do segundo tempo, após cruzamento de Alex em cobrança de falta.
Na rodada seguinte, no Pacaembu, o Timão derrotou o Nacional (PAR) com tranquilidade. Danilo e Jorge Henrique marcaram os gols corinthianos da vitória por 2 a 0 sobre a equipe paraguaia.
Na terceira e quarta rodadas, o Corinthians enfrentou o então líder do grupo: o Cruz Azul (MEX). Na Cidade do México, o Timão segurou o empate por 0 a 0. Na semana seguinte, a tomada da liderança. Vitória por 1 a 0 no Pacaembu, com gol de cabeça de Danilo.
Na quinta rodada da fase de grupos, a equipe alvinegra visitou o Nacional em Ciudad del Este, próximo à cidade paranaense de Foz do Iguaçu. Com grande maioria de corinthianos no estádio, a Fiel comemorou a vitória por 3 a 1, com gols de Jorge Henrique, Emerson e Élton.
No último jogo do grupo, goleada por 6 a 0 sobre o Deportivo Táchira (Paulinho, Danilo, Jorge Henrique, Emerson, Liedson e Douglas marcaram), que levou o Corinthians aos 14 pontos ganhos e rendeu a segunda melhor campanha da competição de 2012.
O confronto de oitavas de final foi contra a equipe do Emelec-EQU. Na partida de ida, no estádio George Capwell, em Guaiaquil, um jogo tenso, marcado por uma discutível atuação da arbitragem. Mesmo jogando com um a menos durante boa parte do duelo, o Corinthians segurou o empate em 0 a 0, levando a decisão da vaga para São Paulo. Na volta, vitória sem sustos do Timão: 3 a 0, com gols de Fábio Santos, Paulinho e Alex.
A partir das quartas de final, o Corinthians teve um mini-Brasileirão. Pela frente, um confronto brasileiro, contra o Vasco. Campeão e vice do Brasileirão 2011 disputariam uma vaga nas semifinais da competição sul-americana. Como na fase anterior, o Corinthians voltou com o empate sem gols fora de casa, em São Januário, levando a decisão para mais uma noite de emoção no Pacaembu.
Foi um jogo histórico. Um dos lances mais lembrados da campanha não foi de um gol, e sim de uma defesa. Já na metade do segundo tempo Alessandro tentou alçar a bola na área adversária, mas foi interceptado por Diego Souza, que teve o campo todo livre para avançar e sair cara a cara com Cássio. Foram segundos de muita tensão no Pacaembu, que pareciam intermináveis. Quando tudo levava a crer que o Vasco abriria o placar – o que poderia decretar a eliminação do Timão –, surgiu o paredão alvinegro. O goleiro do Corinthians desviou o chute do meia vascaíno para escanteio, dando mais forças ao Alvinegro do Parque São Jorge para buscar a vaga nas semifinais.
Mesmo assim, o gol não saía. Quando todos pensavam que a partida iria para a disputa de pênaltis, surgiu a estrela de Paulinho. Aos 43 minutos da etapa final, após escanteio cobrado por Alex, o volante subiu mais alto do que a zaga e cabeceou sem chances para o goleiro Fernando Prass. Vitória dramática por 1 a 0, que indicava que o melhor ainda estava por vir.
Após mais de dez anos, o Corinthians voltava à uma semifinal de Copa Libertadores. O adversário foi um rival paulista: o Santos. No primeiro jogo, na Vila Belmiro, Emerson Sheik acertou um chutaço de fora da área, no ângulo do goleiro santista, dando a vantagem ao Timão para o jogo de volta.
No Pacaembu, a Fiel aguardava ansiosa para chegar à primeira final continental da história. Aos 35 minutos da primeira etapa, Neymar abriu o placar para o Santos, deixando a torcida do Corinthians tensa. Mas logo no início do segunda tempo, Danilo igualou o placar, e o Timão controlou o jogo. Com a vitória na ida, bastou segurar o empate para, enfim, alcançar a decisão da competição.
Faltava pouco. Eram apenas mais dois jogos para a conquista da tão sonhada taça. Quis o destino que o Corinthians cruzasse na final com o bicho-papão de Libertadores dos últimos tempos, um carrasco dos brasileiros: o temido Boca Juniors. Primeira partida em Buenos Aires, no calderão de La Bombonera. Depois de ficar atrás no placar, um gol salvador do iluminado Romarinho deixou tudo igual no placar, levando a decisão, novamente, para o Pacaembu.
No dia 04 de julho de 2012, todos conhecem o desfecho. Emerson Sheik marcou duas vezes para trazer a tão desejada Copa Libertadores à galeria de troféus do clube do Parque São Jorge.
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21870 visitas - Fonte: Agência Corinthians
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