O Corinthians está em modo de gerenciamento de emergências. Em clima extremamente tenso após uma eliminação catastrófica da Copa do Brasil, a equipe convive com protestos da torcida e tenta estancar o sangramento para manter vivo o objetivo que restou no ano, uma vaga na próxima Copa Libertadores.

Goleado pelo Atlético-MG, o time busca minimizar uma temporada decepcionante ficando entre os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro – e, consequentemente, voltando à principal competição sul-americana. A sequência, porém, não é simples.

Com enorme pressão sobre o elenco e, especialmente, sobre o técnico Mano Menezes, a formação do Parque São Jorge tem visita ao Internacional marcada para domingo. Os colorados vêm de vitória sobre o Fluminense e, vice-líderes do Campeonato Brasileiro, estão a seis pontos do subitamente cambaleante Cruzeiro.

“Vai ter a desconfiança da torcida, sempre foi assim. Temos que dar a resposta logo em seguida”, afirmou o treinador, que considera o empate no Beira-Rio um resultado excelente. Reagir rapidamente não significa vencer, mas simplesmente frear a onda negativa.

A relação com a torcida é tão ruim que jogar longe de casa não é visto como algo ruim. Sem o mando de campo da partida contra o Vitória, no final de semana seguinte, o Corinthians só voltará a atuar no estádio de Itaquera no primeiro dia do próximo mês, contra o Coritiba.

No confronto com o Inter, em Porto Alegre, é provável que Mano faça mudanças para “criar um fato novo”, como costuma falar. Após a derrota por 5 a 1 para o Santos, na virada de janeiro para fevereiro, com protestos violentos, ele acabou apostando no garoto Zé Paulo e no encostado Cachito Ramírez.

As alterações voltarão a exigir criatividade do gaúcho, já que o elenco mostrou considerável fragilidade na última semana, com derrota para o lanterna Botafogo e vexame diante do Atlético-MG. Nomes de atletas esquecidos, como Ferrugem, Jadson e Lodeiro, poderão reaparecer.