Gil reproduz comemoração do gol contra o Santos, no clássico de domingo

Domingo passado. Clima de euforia e muita comemoração no vestiário dos visitantes da Vila Belmiro. Os corintianos se abraçam poucos minutos depois de terem vencido o Santos, por 1 a 0, pelo Campeonato Brasileiro. Enquanto isso, o zagueiro Gil se aproxima do roupeiro Roberto Santos, grande companheiro desde sua chegada ao clube. O herói do clássico dispara:

- Não te devo mais nada!

Houve um tempo no Corinthians em que Gil era “perseguido” pelos companheiros por causa da falta de gols. Em 2013, ele passou em branco nos 70 jogos que disputou. Em 2014, foram três- sendo este contra o Santos o mais importante.

Os outros dois foram nas vitórias por 3 a 0 sobre o Comercial, no Paulistão, e 2 a 0 sobre o Flamengo, na despedida do Pacaembu. No início do ano, em uma brincadeira, Roberto pediu um número mais ousado. Consciente, o zagueiro fez uma promessa mais realista.

- O Roberto me pediu cinco gols para compensar o ano passado. Não podia prometer cinco, mas disse que três eu achava que conseguiria fazer. Agora está pago. Cheguei para ele no vestiário e lembrei disso, agora ele é quem está devendo o churrasco - brincou Gil, feliz da vida na última segunda-feira, dia de folga e muitos cumprimentos dos vizinhos.

O gol da vitória no clássico, aos 39 do segundo tempo, ele só conseguiu ver com calma em sua casa. Não foi bem uma cabeçada. O que valeu foi o simbolismo do gol, que levou o Corinthians aos 27 pontos na tabela do Brasileirão, três atrás do líder Cruzeiro.



- A bola bateu na nuca, foi quase de costas. Nem vi direito. O importante é que falei para o Renato Augusto só levantar a bola na área, sem força, que eu e o Cleber tentaríamos atacá-la. Deu certo. Sem dúvida, um dos gols mais importantes da minha carreira - reconheceu o defensor.

Nesta segunda-feira, Gil curtiu a folga em seu apartamento, na região do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, ao lado da mulher e do filho Carlos Gilberto, o Gilzinho. Desceu para o saguão de seu prédio só para atender à reportagem. Queria passar o dia com a família. O garoto, aliás, dormia tranquilamente em casa enquanto seu pai fazia a alegria de outros tantos pais corintianos no dia deles.

- A mãe dele disse que ele dormiu no segundo tempo e nem viu o gol. Quando cheguei em casa, mostrei para ele, que ficou todo feliz, me abraçou e beijou. Um presente. Foi um Dia dos Pais feliz para mim e para todos os pais corintianos - comemorou.

A alegria do filho está garantida. A do roupeiro Roberto também. Gil até sonha com mais gols. Quer ajudar ainda mais o ataque corintiano, que foi às redes 16 vezes em 14 jogos. O sonho, porém, é outro. E que continuará a ser construído a partir de sábado, quando o Corinthians enfrenta o Bahia, na Arena.

- Esse time está montado para buscar o título. Temos de pensar no Bahia, vencer e continuar na briga pela liderança.


Gil comemora gol marcado na Vila Belmiro: um Dia dos Pais perfeito para o zagueiro