O balancete divulgado pelo Corinthians nesta terça-feira (19) revelou um superávit de R$62,7 milhões em janeiro. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelas vendas de direitos econômicos de jogadores, como Gabriel Moscardo, Ivan e Roni, que renderam ao clube paulista R$108,18 milhões em transferências apenas no primeiro mês do ano.

Uma das principais fontes de renda foi a venda de Moscardo ao PSG, que resultou em um montante de 20 milhões de euros, dos quais o Corinthians ficou com 92,5%, equivalente a cerca de R$100 milhões na época. Apesar do superávit, o clube ainda enfrenta uma dívida considerável, totalizando R$910,3 milhões, um aumento em relação ao balancete divulgado em agosto de 2023, quando a dívida era de R$892,5 milhões.

Esse valor não inclui o financiamento da Neo Química Arena, que representa um saldo entre Corinthians e Caixa de R$706 milhões. Além disso, o balancete revelou uma dívida de R$121 milhões de direitos de imagens de jogadores, que foi parcialmente reduzida em março. O departamento de futebol alcançou um superávit de R$67,8 milhões em janeiro, enquanto o clube social e os esportes amadores apresentaram um déficit de R$84 mil, e o Corinthians teve que destinar R$5 milhões para despesas financeiras, principalmente juros do alto endividamento.

A divulgação mensal das contas alvinegras foi uma das promessas de campanha do presidente Augusto Melo, marcando uma mudança em relação à divulgação trimestral ou semestral realizada até 2023. Os números serão submetidos à análise de uma auditoria externa e à aprovação dos órgãos de controle do clube.