Afastado dos trabalhos com o elenco profissional há cerca de um mês, o atacante Júnior Moraes acionou o Corinthians na Justiça do Trabalho e pediu a rescisão do seu contrato com o clube alvinegro. O vínculo vai até o fim do ano. 

De acordo com o processo movido pelo jogador, o clube alvinegro está devendo 11 meses de direitos de imagem, o que totalizam R$ 2,8 milhões. Além disso, também é cobrada a ausência de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). No total, o valor da ação está em R$ 3,9 milhões considerando juros e correção.

A informação do processo movido por Moraes foi publicada inicialmente pelo "ge" e confirmada pelo LANCE!. 

Oficialmente, o Corinthians não comenta sobre processos em abertos. Porém, pessoas ligadas ao Timão afirmaram à reportagem que não há pendências financeiras e que os salários estão em dia no clube.

Segundo com os autos do processo, a primeira tentativa de quebra de contrato por parte de Júnior Moraes foi negada na 43ª Vara do Trabalho de São Paulo, bem como o sigilo da ação foi retirado. 

PROCESSO DESMEMBRADO

Moraes cobra R$ 2,8 milhões relacionados aos direitos de imagem, que fazem parte dos salários pagos mensalmente aos atletas, mas em pessoa jurídica, podendo representar, no máximo, 40% dos recebimentos dos jogadores. Além disso, é cobrado R$ 460 mil por conta da ausência de recolhimento do FGTS, totalizando algo em torno de R$ 3,3 milhões. Assim, R$ 500 mil é referente aos juros e correção. 

Contratado em março do ano passado, após deixar a Ucrânia, por conta da guerra com a Rússia, no leste europeu, Júnior Moraes sofreu com uma série de lesões, fez somente 21 jogos com a camisa corintiana, sendo oito como titular, e marcou apenas um gol.