Os 41 anos completados no último dia 22 de junho não impedem Vander Carioca de pensar alto. Em sua segunda temporada pelo Corinthians, o pivô trabalha para levar a equipe ao bicampeonato da Liga Nacional de Futsal (LNF). Nesta sexta, o Timão enfrenta o Paraíso, às 19h30, no ginásio Wlamir Marques, no segundo jogo das oitavas de final. Como venceu por 4 a 2 em São Sebastião do Paraíso (MG), o Alvinegro precisa apenas de um empate para avançar às quartas.



- A gente espera casa cheia. A Liga hoje está muito equilibrada, nós temos quatro ou cinco candidatos ao título. Temos que pensar jogo a jogo, temos uma equipe bem treinada, mas a partida contra o Paraíso tem tudo para ser bem difícil - disse o veterano.

Revelado pelo Social Ramos Clube, do Rio, Vander chegou ao Parque São Jorge no início do ano passado, após uma passagem de um ano pela equipe de futebol 7 do Vasco. Com bons números na temporada - ele marcou seis gols na LNF -, Vander vem sendo um dos principais jogadores da equipe comandada pelo técnico André Bié. Para o pivô, o bom ambiente do grupo é uma das principais armas corintianas.

- Nós criamos um ambiente muito bom aqui, apesar de termos perdido cerca de 50% do elenco do ano passado. Eu moro sozinho em São Paulo e, quando vou para o Rio, eu sinto a falta desses caras. O grupo do Corinthians é uma família, e quem chega tem que se adaptar ao que nós criamos aqui - disse Vander.



Amante de cerveja e chope gelado nos dias de folga, Vander Carioca planeja jogar ao menos até o fim de 2018. Mesmo visivelmente acima do peso, o veterano tem na torcida alvinegra um dos combustíveis para seguir atuando em alto nível.

- Com essa idade não dá para fazer muitos planos não, mas quero jogar até o fim do ano que vem. O corpo está dando os sinais de cansaço, tem dias que chego de manhã e a panturrilha está gritando. Só que ainda tenho muito prazer em jogar, e o Corinthians me proporciona isso. Ver esse ginásio lotado me motiva a dar o meu melhor e me empenhar no dia a dia - destacou.

Com diversas passagens pela seleção brasileira, o goleador diz que aprovou a escolha de Marquinhos Xavier para o comando do time verde-amarelo. Apesar de esperançoso quanto ao crescimento da seleção, ele vê a modalidade como um todo ainda estagnada.

- Nasci ouvindo que o futsal se tornaria esporte olímpico e pelo jeito vou parar e isso não vai acontecer. Precisamos de mais reconhecimento e infelizmente algumas pessoas que comandam o futsal enriqueceram às nossas custas - finalizou.