27/3/2016 08:28

Timão evoca Cruyff, joga bem, manda quatro na trave e arranca vitória no fim

Com ensinamentos do craque holandês no vestiário, Tite motiva sua equipe, já classificada, a martelar o Ituano por 90 minutos. Gol sai aos 42 do 2ºT, com Felipe

Timão evoca Cruyff, joga bem, manda quatro na trave e arranca vitória no fim
Frase de Cruyff foi usada no vestiário do Corinthians para motivar jogadores (Foto: reprodução / Snapchat)

Tite sabe como montar um time e sabe como orientar um time. Para manter um grupo motivado para um "amistoso de luxo" – já que o Corinthians entrou classificado com quatro rodadas de antecedência para pegar o Ituano, neste sábado, em Itaquera –, o treinador foi buscar inspiração em Johan Cruyff, o gênio holandês que faleceu na última quinta-feira:

– Na minha equipe, o primeiro atacante é o goleiro, e o primeiro defensor é o centroavante.

A ideia de Tite era manter a "pegada", manter a motivação de um Corinthians que, mesmo ainda em formação, tem percorrido um caminho sem muitos sustos no Paulistão e na Libertadores.

Com boa movimentação no ataque e pressão sem a bola, o Corinthians martelou o Ituano por quase 90 minutos. Acertou a trave quatro vezes. Mas só balançou a rede já aos 42 da etapa final, com Felipe, convocado justamente neste sábado para substituir David Luiz na seleção brasileira.

O Corinthians de 2016 tem a mesma proposta tática do time campeão brasileiro em 2015, o esquema 4-1-4-1, mas sem os talentos individuais de Jadson e Renato Augusto, que tinham a capacidade de "quebrar" defesas com passes longos. O Timão de hoje se arrisca menos e prefere se ater aos toques mais curtos. Bolas de segurança.

O que não mudou é a proposta de, ora pressionar a saída de bola do adversário com o maior número possível de jogadores (como você pode observar no vídeo abaixo), ora recuar seus dez homens de linha para fechar a casinha e tentar sair no contra-ataque. Seja como for, todos marcam – exatamente como pedia Cruyff.

Não à toa, o Corinthians chegou ao seu quinto jogo seguido sem sofrer gol, algo que não alcançava desde julho do ano passado. Uma defesa forte tem sido a marca do Timão nos últimos anos. De 2011 pra cá, a equipe foi a menos vazada em três das cinco edições de Campeonato Brasileiro (ganhou duas). Falta, claro, deslanchar no ataque. Daí a principal diferença (são muitas, claro) entre o estilo Tite e o que pregava Cruyff: enquanto o Corinthians trilha seu caminho com vitórias magras, o holandês dizia sentir mais prazer em "vencer por 5 a 4 do que por 1 a 0". Em ambos os casos, porém, elas valem três pontos.

O técnico do Ituano, Tarcisio Pugliesi, armou seu time no 4-1-4-1, espelhado propositalmente no Corinthians, para tentar anular o adversário. Tite notou a dificuldade logo de cara. O treinador alvinegro começou o jogo com Giovanni Augusto aberto pela direita e Lucca na esquerda, na linha de quatro meio-campistas, com Guilherme e Maycon centralizados.

No fim do primeiro tempo, Tite inverteu Giovanni Augusto com Lucca. A ideia era ter este último, de drible mais fácil, jogando em cima do lateral-esquerdo Peri, que já tinha cartão amarelo. Tite manteve essa formação durante todo o segundo tempo. Mais chances de gol começaram a surgir. Faltava colocar a bola pra dentro.

Foram quatro bolas na trave – um chute de Giovanni Augusto no fim do primeiro tempo, um de Maycon no segundo, um de Alan Mineiro na sequência e um "quase gol contra" do lateral Pacheco, ainda no começo da etapa final.

Guilherme, com boa movimentação no primeiro tempo, deu lugar a Alan Mineiro, aos 23 da segunda etapa. Oito minutos depois, Romero entrou na vaga de André. Na sequência, Tite ainda substituiu Lucca por Danilo. A pressão continuou. E o gol acabou saindo aos 42, num lance de escanteio, com o zagueiro Felipe, no dia em que ele recebeu sua primeira convocação para a seleção brasileira:

Com dez pontos de vantagem sobre o RB Brasil no Grupo D do Paulistão, Tite pode se dar ao luxo de poupar jogadores nas três rodadas finais. Mas não deve montar um time inteiro de reservas. De olho no jogo contra o Santa Fe pela Libertadores, dia 6, na Colômbia, o técnico quer manter o embalo de uma equipe que ainda está em formação, mas dá sinais de que pode conquistar títulos, mesmo depois de perder jogadores como Renato Augusto, Jadson, Ralf, Malcom e Vagner Love.




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