extremamente cauteloso na utilização dos reforços contratados pelo Corinthians, Tite disse ter a preocupação de não jogar nas costas deles uma grande responsabilidade. Giovanni Augusto e Guilherme, por exemplo, foram contratados para ser titulares, mas o último não ficou nem no banco de reservas no empate por 2 a 2 com a Ferroviária, no domingo.

“O que quero é competição dentro de cada posição, isso vai elevar o nível técnico. Em momentos pontuais, você coloca. Vê como o Giovanni entrou bem, vê como o André entrou bem (contra a Ferroviária). Tu traz certa organização e harmonia para não jogar simplesmente o cara lá dentro. Prefiro que o técnico seja cobrado do que o atleta tenha a responsabilidade de chegar ao clube e já produzir igual produzia”, afirmou o treinador.

O gaúcho trabalha com grande cuidado para não deixar insatisfeitos os jogadores remanescentes do elenco campeão brasileiro de 2015. Se Gil, Ralf, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love partiram, ficou gente como Rodriguinho, Lucca e Romero, que esperaram a vez e não começaram mal a temporada.

Apostando na manutenção da base, Tite não colheu grandes apresentações, mas vem obtendo bons resultados. O Corinthians foi derrotado em um amistoso de pré-temporada, contra o Atlético-MG, mas ainda não perdeu em jogos oficiais, com cinco vitórias e um empate.

“Estamos invictos dentro da competição. Fizemos cinco vitórias no início do ano, sendo que início igual foi em 1948. Se tivéssemos a sexta vitória, seria o melhor começo desde 1930. Então, tem uma questão lógica aí”, explicou o comandante, procurando conter insatisfações.

“Tem atleta que está se perguntando: ‘Fui contratado para jogar’. Tem o atleta que já estava aqui e diz: ‘É minha vez de jogar’. Tem o atleta jovem, como o Maycon, que está pensando: ‘Quero jogar’. Tem tudo isso”, concluiu o gaúcho.