O Corinthians está em uma fase de discussão sobre a transformação do clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), um projeto que tem gerado intensos debates entre conselheiros e torcedores. O anteprojeto de reforma do estatuto foi apresentado recentemente e destaca a necessidade de aprovação em diversas etapas, incluindo uma análise pelo Conselho de Orientação (Cori) e a aprovação do Conselho Deliberativo, sendo imprescindível um voto favorável de dois terços dos conselheiros presentes.
Para que a conversão em SAF ocorra de forma transparente e responsável, a proposta exige a realização de uma auditoria independente, que abrangerá a situação econômica, financeira, contábil, jurídica e patrimonial do clube. Esta auditoria visa garantir que todos os aspectos da operação proposta sejam meticulosamente verificados, o que cobra a máxima transparência.
O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, enfatizou que o parecer do Cori será meramente recomendativo, e não vinculante, e esclareceu que a votação de dois terços se refere ao total de conselheiros e associados participantes, não ao total com direito a voto. Outro ponto crucial do anteprojeto é a proteção do controle majoritário do clube, que deve permanecer nas mãos dos associados, garantindo a preservação da identidade e tradição do Corinthians.
O projeto estipula que o Corinthians terá 51% do capital social da SAF e que, no mínimo, 10% da receita líquida da empresa devem ser destinados diretamente ao clube. Apesar das resistências entre alguns membros do clube, a proposta de transformação tem gerado um movimento crescente entre os torcedores, exemplificado pelo projeto "SAFiel", que incentiva a participação dos torcedores como acionistas do clube. Recentemente, Ronaldo Fenômeno, ex-jogador do Corinthians, manifestou apoio à ideia de transformar o clube em SAF, descartando estar diretamente envolvido na gestão.
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